Google adia para 2025 os planos de seu primeiro chip totalmente customizado

Novo projeto teria fabricação da TSMC e faria sua estreia com o Pixel 10; linha Tensor atual é feita pela Samsung e usa Exynos como base

Giovanni Santa Rosa
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Google Pixel 7, um celular com autofoco híbrido PDAF e LDAF (Imagem: Divulgação/Google)
Google Pixel 7, que usa a segunda geração do chip Tensor (Imagem: Divulgação/Google)

Já faz tempo que o Google pretende criar uma linha de chips próprios para usar nos aparelhos da família Pixel. Esse objetivo, porém, vai ficar mais distante. Segundo pessoas familiarizadas com o assunto, o lançamento do novo componente acontecerá só em 2025.

De acordo com duas fontes ouvidas pelo site The Information, o Google adiou o lançamento do seu chip totalmente customizado em um ano. O codinome do produto que seria lançado em 2024 era Redondo. Agora, o plano é lançar outro chip em 2025, de codinome Laguna.

O chip totalmente customizado deve ser fabricado pela Taiwan Semiconductor Manufacturing Co, mais conhecida pela sigla TSMC. Ele deve usar processo de litografia de 3 nm. Pelo cronograma, espera-se que o componente acompanhe o Pixel 10.

Em 2021, o lançamento do Pixel 6 e do Pixel 6 Pro marcou a estreia do chip Tensor. Ele é um modelo semicustomizado. Fabricado pela Samsung, o Tensor usa a base do Exynos e conta com componentes extras do Google, para tarefas como aprendizagem de máquina.

Pixel 6 e 6 Pro (Imagem: Divulgação/Google)
Pixel 6 e 6 Pro (Imagem: Divulgação/Google)

Como comenta o Android Authority, a mudança da Samsung para a TSMC na fabricação dos chips pode ser uma boa notícia. Geralmente, os componentes da empresa taiwanesa conseguem entregar desempenho superior.

Além disso, um chip totalmente customizado pode dar ao Google maior controle sobre o hardware e fazê-lo trabalhar melhor com o software, a exemplo do que acontece com a Apple, que usa sua própria linha A nos iPhones.

Google enfrenta problemas com demissões e várias equipes

De acordo com um ex-executivo do Google na área de chips, a empresa enfrenta dificuldades por dividir os trabalhos de desenvolvimento entre equipes nos EUA e na Índia. Além disso, o grande número de rotatividade de funcionários atrapalhou o projeto.

Não foi só o Redondo que acabou adiado. Segundo a mesma fonte, o Google cancelou vários projetos de chips Tensor nos últimos dois anos, o que frustrou os membros desses times.

Com informações: Android Authority, Reuters

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Repórter

Giovanni Santa Rosa é formado em jornalismo pela ECA-USP e cobre ciência e tecnologia desde 2012. Foi editor-assistente do Gizmodo Brasil e escreveu para o UOL Tilt e para o Jornal da USP. Cobriu o Snapdragon Tech Summit, em Maui (EUA), o Fórum Internacional de Software Livre, em Porto Alegre (RS), e a Campus Party, em São Paulo (SP). Atualmente, é autor no Tecnoblog.

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