Amazon confirma que Echo gravou e compartilhou conversa particular de usuária

Paulo Higa
• Atualizado há 2 anos e 11 meses

A Amazon é mais uma empresa a se meter em um problema de privacidade: nesta quinta-feira (24), a companhia confirmou que um alto-falante Echo acidentalmente gravou uma conversa de fundo particular de uma usuária e compartilhou o áudio com um contato sem permissão.

A dona do Echo problemático, identificada apenas como Danielle, relata que estava falando com seu marido e, posteriormente, um colega a informou que recebeu gravações de áudio de toda a conversa. Esse colega enviou o áudio de volta para provar sua afirmação. Felizmente, o papo não continha informações confidenciais — o casal falava sobre pisos de madeira.

Danielle diz que entrou em contato com o suporte da Amazon e recebeu “uns 15 pedidos de desculpa em questão de meia hora”. Os engenheiros verificaram os registros do Echo da usuária e confirmaram que a conversa foi gravada indevidamente. À mídia local, a Amazon declarou que esta era “uma ocorrência extremamente rara”.

Ao Ars Technica, a Amazon explicou o que ocorreu: “O Echo acordou com uma palavra na conversa de fundo que soava como ‘Alexa’. Então, a conversa subsequente foi ouvida como uma solicitação de ‘enviar mensagem’. Nesse ponto, Alexa disse em voz alta ‘para quem?’. Então, a conversa foi entendida como um nome na lista de contatos do cliente. A Alexa perguntou em voz alta ‘[nome do contato], certo?’. A Alexa interpretou a conversa em segundo plano como ‘certo’. Por mais improvável que seja essa série de eventos, estamos avaliando opções para tornar esse caso ainda menos provável’.

Eu, hein.

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Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.