Após o caso Cambridge Analytica, algumas empresas se movimentam para não serem as próximas envolvidas em situações parecidas. Uma delas é a Apple, que definiu limites para aplicativos que pedem sua lista de contatos.

A partir de agora, as diretrizes da empresa deixam claro que os desenvolvedores não poderão criar bancos de dados e perfis a partir da lista de contatos. Além disso, não será permitido vender ou distribuir essas informações para outras empresas.

Os aplicativos ainda poderão pedir o consentimento dos usuários para acessarem a lista, mas deverão indicar qual será a finalidade. Se no futuro surgir um novo uso para as informações, será necessário pedir uma nova autorização. Quem violar as novas regras, poderá ser banido da App Store.

A revisão da Apple também pode prejudicar o Onavo,VPN controversa do Facebook que coleta muitos dados dos usuários. Isso porque o texto promete banir os serviços que “coletam informações sobre quais aplicativos estão instalados no dispositivo para fins de análise, publicidade ou marketing”.

Atualmente, já existem meios de impedir a coleta de informações de outros aplicativos. No entanto, o Onavo analisa o consumo de dados de cada plataforma, o que passará a ser proibido. A VPN do Facebook ainda está disponível na App Store, mas não seria surpresa se ela fosse removida.

Apesar das mudanças, a Apple não poderá fazer muito a respeito das informações que já foram obtidas pelos aplicativos. A limitação é válida somente para os dados que forem acessados daqui pra frente. Porém, pode ser um bom momento para você revisar as permissões de alguns serviços.

Com informações: Bloomberg, Gizmodo.

Leia | Como ver as informações de privacidade de aplicativos na App Store

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Escrito por

Victor Hugo Silva

Victor Hugo Silva

Ex-autor

Victor Hugo Silva é formado em jornalismo, mas começou sua carreira em tecnologia como desenvolvedor front-end, fazendo programação de sites institucionais. Neste escopo, adquiriu conhecimento em HTML, CSS, PHP e MySQL. Como repórter, tem passagem pelo iG e pelo G1, o portal de notícias da Globo. No Tecnoblog, foi autor, escrevendo sobre eletrônicos, redes sociais e negócios, entre 2018 e 2021.