Eletronuclear, da Eletrobras, desliga sistemas em meio a ataque hacker
Sistemas da Eletronuclear, subsidiária que gerencia as usinas nucleares de Angra dos Reis, foram alvo de ransomware
Sistemas da Eletronuclear, subsidiária que gerencia as usinas nucleares de Angra dos Reis, foram alvo de ransomware
Enquanto o mercado convive com a possibilidade de a privatização da Eletrobras ser anunciada, a estatal lida com outro problema: nesta semana, a companhia revelou que a Eletronuclear, subsidiária responsável pela operação das usinas nucleares de Angra dos Reis, sofreu um ataque hacker.
Ataques do tipo sempre são preocupantes, mas, no caso da Eletrobras, o assunto gera mais apreensão por estar relacionado a usinas nucleares. Foi por isso que a estatal tratou de deixar claro de imediato: nenhum problema operacional ou de segurança foi detectado como consequência direta da invasão.
Ainda que sem entrar em detalhes, a Eletrobras explicou que o ataque foi efetuado por meio de um ransomware que atingiu os sistemas da Eletronuclear.
Depois de o problema ter sido detectado, a entidade suspendeu temporariamente o funcionamento de alguns de seus sistemas, mas a Eletrobras afirma que as operações da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA) não foram prejudicadas, muito menos o fornecimento de energia para o Sistema Interligado Nacional.
Na nota, a Eletrobras explicou ainda que somente redes administrativas foram afetadas e que os sistemas das usinas nucleares de Angra 1 e Angra 2 são isolados desses serviços, razão pela qual não foram prejudicados.
Ransomwares costumar causar problemas de difícil resolução pela natureza de ação que malwares do tipo têm: via de regra, eles “sequestram” arquivos importantes ou bloqueiam o acesso a sistemas até que um resgaste seja pago ou determinada exigência seja correspondida.
Alguns ataques de ransomware são tão sofisticados que, não raramente, a sua resolução requer a contratação de uma empresa especializada em segurança.
Mas, de acordo com a Eletrobras, as suas próprias equipes “contiveram e erradicaram os efeitos do ataque e, assim, o vírus foi isolado, e uma minuciosa verificação dos ativos segue em andamento”.
O ataque também foi reportado ao Centro de Tratamento e Resposta a Incidentes Cibernéticos de Governo (CTIR.Gov) e ao Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro (SIPRON).
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