BeiDou, o GPS chinês, terá precisão de centímetros até o final de 2020

Governo chinês também quer independência do sistema de posicionamento americano (GPS)

André Fogaça
• Atualizado há 3 anos
Surveying using a GNSS device with EGNOS and Galileo satellites (Foto: Divulgação/GSA)

A China anunciou que os últimos dois satélites de todo o sistema BeiDou, concorrente do GPS, serão lançados até junho deste ano. Um dos objetivos do governo local é de aumentar a precisão do sistema, passando dos atuais cinco metros para a casa dos centímetros.

Com a dupla que ainda será enviada aos céus, o BeiDou terá 35 satélites ao redor da Terra. O número parece pequeno, mas comparando ao sistema americano GPS, são cinco satélites extras. Outro objetivo é de tornar o país totalmente independente do sistema dos Estados Unidos.

Um representante do sistema de navegação chinês, Ran Chengqi, diz que mais de 70% dos smartphones chineses já podem receber sinais destes satélites e o BeiDou completará a lista de possibilidades do 5G chinês, que é liderado pela Huawei. Com tamanha precisão, fazendas inteligentes que controlam por onde anda cada animal já podem existir com maior eficiência, por exemplo.

Ao todo a China já lançou 53 satélites do BeiDou em 19 anos, com 18 deles já não funcionando. O serviço entrou em operação em 2011 apenas para empresas, para no ano passado começar a entregar a posição de qualquer pessoa que esteja com um aparelho compatível.

Existem outros sistemas de posicionamento concorrentes ao GPS, com destaque para o europeu Galileo com 22 satélites em operação, o russo GLONASS que trabalha atualmente com 24 satélites em órbita e o japonês QZSS, que tem 4 satélites ao redor da Terra. A maioria dos smartphones topo de linha, como Galaxy S10, iPhone 11 Pro Max e LG G8s/G8x contam com suporte para quase todos os sistemas.

Com informações: Nikkei Asian Review.

Leia | Qual é a diferença entre GPS, GLONASS e Galileo? Entenda os sistemas de navegação via satélite

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André Fogaça

André Fogaça

Ex-autor

André Fogaça é jornalista e escreve sobre tecnologia há mais de uma década. Cobriu grandes eventos nacionais e internacionais neste período, como CES, Computex, MWC e WWDC. Foi autor no Tecnoblog entre 2018 e 2021, e editor do Meio Bit, além de colecionar passagens por outros veículos especializados.