4 apps gratuitos para acessar mapas offline no smartphone

Waze não funciona offline? Veja quatro aplicativos que oferecem GPS para quem está sem conexão.

Paulo Higa
• Atualizado há 1 ano e 10 meses
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Se você usa os mapas do seu celular no Android ou iOS e já precisou depender de uma conexão móvel, sabe que o resultado provavelmente gera dor de cabeça. Mas há uma solução: apps que oferecem GPS offline. O recurso é particularmente importante no Brasil, onde o acesso à internet móvel é limitado e caro.

A navegação offline também traz benefícios como navegação ponto a ponto, recomendações de lugares e aviso de radares, dependendo do aplicativo que você instalar. Afinal, quem nunca precisou saber como chegar em um lugar, mas estar sem conexão móvel e o aplicativo de mapas não funcionar? Conheça algumas alternativas gratuitas abaixo.

Google Maps

O mais conhecido aplicativo de mapas do Google também funciona offline. Você pode procurar pelo destino que quiser, pegar informações de lojas e shopping (como o telefone ou horário de funcionamento) e navegar no modo passo-a-passo com comandos de voz.

Para deixar uma área offline, basta clicar no menu no canto superior esquerdo, ir em Áreas offline e depois escolher um local específico ou personalizado. O espaço ocupado é considerável: as cidades de São Paulo, São Bernado e Santana do Parnaíba têm 246 MB no total. A região de Bauru, que inclui Agudos e Lençóis Paulista, pesa 500 MB.

Os mapas baixados têm validade de 30 dias ― quando houver uma conexão com a internet, o Google vai tentar renovar o download automaticamente. Outros aplicativos abaixo consomem bem menos dados, então se você não tiver muito espaço sobrando e quiser salvar uma área grande vale considerar outras alternativas.

  • Quem fornece os mapas? Google e INEGI.
  • Como se mantém gratuito? Bom, é do Google, né? Ainda assim, a empresa também lucra licenciando a API do Maps para grandes companhias.
  • Disponibilidade: Android, iOS e web.

HERE Maps

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Desenvolvido pela Nokia, o HERE Maps está disponível para Android e iPhone. É possível baixar gratuitamente mapas de países dos cinco continentes para a memória do smartphone, então ele poderá ser útil até mesmo quando você estiver viajando e não quiser pagar tarifas de roaming internacional ou comprar um chip da operadora local.

O mapa brasileiro tem 1.050 MB, mas é possível salvar regiões específicas, como Sudeste (420,6 MB), Sul (221,5 MB) e Nordeste (236,9 MB). O mapeamento é feito pela própria Nokia, que em 2007 comprou a Navteq, uma das maiores fornecedoras de mapas do mundo. Nós já embarcamos num carro do HERE e fomos conhecer de perto o trabalho dos analistas de campo.

O HERE Maps é meu aplicativo preferido de mapas. Ele substituiu completamente o Google Maps no meu iPhone, por também oferecer o recurso de rotas por transporte público e possuir um banco de pontos de interesse bastante completo.

  • Quem fornece os mapas? HERE.
  • Como se mantém gratuito? O HERE licencia seus mapas para outras empresas, como Garmin e BMW, e detém a primeira posição no mercado de mapas para a indústria automotiva. Ele foi responsável por 7% da receita da Nokia no último trimestre de 2014.
  • Disponibilidade: Android, iOS, Windows Phone e web.

GPS Brasil

Antes chamado de Oi Mapas, ele tem foco em navegação automotiva, trazendo interface e funcionalidades bem parecidas com as que encontramos nos aparelhos de GPS.

O mapa do Brasil é fornecido pela NDrive e vem junto com o aplicativo, por isso ele pesa cerca de 500 MB na versão para iPhone. Mapas de outros países são muito bem pagos e custam entre R$ 58 (por país) e R$ 102 (regiões inteiras, como o norte da África). O serviço de informações de trânsito, que exibe as condições do tráfego em tempo real e recalcula a rota mais rápida, também é pago, custando R$ 2,82 (mensal) e R$ 28,48 (anual).

Para manter o mapa do Brasil gratuito, o app também tem anúncios. Além de navegação ponto a ponto, ele avisa sobre radares, recomenda lugares próximos à região em que você está, com endereço, telefone e site e ainda mostra a velocidade que você está andando.

  • Quem fornece os mapas? NDrive.
  • Como se mantém gratuito? O mapa brasileiro é gratuito e possui licença vitalícia, mas mapas de outros países são pagos através de compras in-app.
  • Disponibilidade: Android e iOS.

TomTom GO

Antes com planos pagos ou limite de quilômetros rodados para navegação, a TomTom lançou recentemente um aplicativo totalmente gratuito para Android no mercado brasileiro. Sim, só para Android: a versão para iOS ainda se limita a 70 quilômetros percorridos por usuário.

Com o nome de TomTom GO Brasil, ele vem para competir com o Waze: há ferramentas de navegação ponto a ponto, informações do tráfego em tempo real, alerta de radares e o melhor: não há anúncios.

O aplicativo tem uma abordagem mais completa e também permite que o usuário armazene mapas no celular para usar depois. Quando você estiver offline, ele também recomenda paradas úteis ao longo da rota, como um posto de gasolina, por exemplo.

  • Quem fornece os mapas? TomTom.
  • Como se mantém gratuito? A TomTom já tem experiência com GPS há anos: desde 1991, a marca vende aqueles aparelhos de GPS para carro. Agora, os mapas também estão disponíveis no celular. Além disso, os mapas de outros países continuam sendo muito bem pagos.
  • Disponibilidade: apenas Android.

Outras opções

Para quem pode tirar o escorpião do bolso, as opções de aplicativos com suporte a mapas offline são ainda maiores: você pode comprar aplicativos da Garmin, CoPilot, Sygic e várias outras empresas. Já para escapar dos congestionamentos, desde que você tenha uma conexão à internet ativa, não tem como deixar de recomendar o excelente Waze.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.