Blockbuster pode ressurgir das cinzas como serviço de streaming

Organização autônoma descentralizada quer vender NFTs para comprar marca Blockbuster e transformá-la em estúdio de cinema e plataforma de streaming

Giovanni Santa Rosa
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Um longo rastro de concorrentes deixados para trás (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Você sente saudades da Blockbuster? Quando eu era adolescente, toda sexta era dia de ir lá, alugar uma comédia de qualidade duvidosa e comprar um chocolate (a preços bem inflacionados, é verdade). A marca pode voltar à ativa em breve, no que depender de uma organização autônoma descentralizada. A ideia é comprá-la e usá-la em uma plataforma de streaming e em um estúdio de cinema.

Organizações autônomas descentralizadas (ou DAO, na sigla em inglês) são grupos representados por regras codificadas na forma de software em uma blockchain. A DAO por trás da iniciativa é a BlockbusterDAO. Sua conta no Twitter já tem quase 10 mil seguidores, e a organização discute os próximos rumos pelo Discord.

Financiamento descentralizado, produção também

A BlockbusterDAO quer levantar US$ 5 milhões para comprar a marca, que atualmente pertence à Dish Network e é usada apenas em uma loja na cidade de Bend, no estado americano de Oregon. Para arrecadar essa quantia, ela pretende emitir NFTs. Cada um vai custar 0,13 Ether (cerca de R$ 2,7 mil, na cotação atual).

Lógico, comprar a marca Blockbuster não é tão simples quanto chegar com um DVD no caixa, pagar e levar. O plano também envolve fazer uma campanha de relações públicas para pressionar a Dish Network, além de registrar a propriedade intelectual no nome da DAO.

A ideia descentralizada vai além. A BlockbusterDAO quer usar a antiga marca de locadores em um estúdio descentralizado de filmes para streaming. Um experimento de estúdio descentralizado, ou DeFilm, foi lançado em julho e consiste em “fazer um filme com o processo de tomada de decisões acontecendo em uma blockchain”.

No Twitter, a BlockbusterDAO coloca em seus planos desenvolver uma presença no cenário de NFTs, usar os recursos para desenvolver a empresa, comprar filmes no circuito de festivais de cinema e lançar uma plataforma de streaming com a marca. Os planos vão além, e incluem também conteúdo coletivo e games na blockchain.

Com informações: Cointelegraph

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Giovanni Santa Rosa

Giovanni Santa Rosa

Repórter

Giovanni Santa Rosa é formado em jornalismo pela ECA-USP e cobre ciência e tecnologia desde 2012. Foi editor-assistente do Gizmodo Brasil e escreveu para o UOL Tilt e para o Jornal da USP. Cobriu o Snapdragon Tech Summit, em Maui (EUA), o Fórum Internacional de Software Livre, em Porto Alegre (RS), e a Campus Party, em São Paulo (SP). Atualmente, é autor no Tecnoblog.

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