Call of Duty: Vanguard aposta em lançamento inovador com gameplay tática
Com estreia em 5 de novembro, CoD: Vanguard busca fugir dos padrões com jogabilidade diferente e campanha internacional
Com estreia em 5 de novembro, CoD: Vanguard busca fugir dos padrões com jogabilidade diferente e campanha internacional
Situado no período da Segunda Guerra Mundial, Call of Duty: Vanguard é o novo capítulo da franquia de shooters em primeira pessoa da Activision. Desenvolvido pela Sledgehammer, o jogo inaugura um novo estilo de gameplay tática e estratégia para o modo multiplayer e traz uma campanha singleplayer internacional protagonizada por quatro agentes das Forças Especiais.
Com data de lançamento marcada para 5 de novembro de 2021, CoD: Vanguard chega ao Brasil somente em versão digital para PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series X|S e PC (Battle.net). Com a estreia do novo game, haverá também atualizações para CoD: Warzone, incluindo um mapa inédito e um sistema anti-cheat reformulado para lidar com trapaceiros, além de conteúdos para o modo Zumbis.
Os preços de CoD: Vanguard começam em R$ 229,90 na versão mais básica para PC e podem chegar a até R$ 439 nas edições de luxo para consoles. Vale mencionar que, para adquirir o jogo no PS5 ou Xbox Series X|S, é preciso comprar as edições “Cross-gen” ou “Ultimate”. No Brasil, os valores cobrados serão os seguintes:
A grande promessa de Call of Duty: Vanguard é oferecer aos jogadores uma experiência imersiva do mundo em guerra. De acordo com o diretor criativo da campanha, David Swenson, a ideia desse novo título é apresentar os diferentes pontos de vista internacionais dos protagonistas.
Na campanha singleplayer, os jogadores vão conhecer as origens das Forças Especiais — equipe formada por quatro agentes especialistas com habilidades únicas. Antes de se unirem, cada um deles participou de um conflito diferente durante a Segunda Guerra Mundial em regiões distintas: Fronte Ocidental, Fronte Oriental, Oceano Pacífico e Norte da África.
Swenson explicou que uma das maiores preocupações durante o desenvolvimento de CoD: Vanguard foi representar as batalhas da Segunda Guerra de forma fiel, porém sem ficar preso somente aos acontecimentos das linhas de frente. Mesmo fictícios, os protagonistas são inspirados em soldados reais que vivenciaram esses conflitos na pele.
Arthur Kingsley é um sargento do exército britânico do nono batalhão de paraquedistas. Inspirado no soldado inglês Sidney Cornell, Arthur começa sua história antes do Dia D, na França, durante uma missão de infiltração na qual ele é separados dos companheiros durante um combate aéreo. Em vez de desistir, o sargento segue no objetivo até reencontrar sua equipe e assumir o papel de líder na tomada da artilharia dos inimigos.
A tenente Polina Petrova faz parte da 138ª Divisão de Rifle do Exército Vermelho da União Soviética. Baseada em Lyudmila Pavlichenko — franco-atiradora que mais matou soldados alemães na Segunda Guerra — Polina compartilha do mesmo histórico sanguinário. Devido à capacidade de eliminar nazistas, a agente foi convocada para o time de Arthur.
Outro membro da equipe é o capitão Wade Jackson, do exército dos EUA. Piloto do Scouting Squadron Six da Marinha dos Estados Unidos, Wade foi criado com base em Vernon “Mike” Micheel, que participou da Batalha de Midway contra o Japão, no Oceano Pacífico. No enredo, o soldado deixa de ser um piloto solitário e aprende a trabalhar em equipe.
Por fim, o segundo tenente Lucas Riggs, do 20º batalhão do exército da Nova Zelândia, completa a equipe de Forças Especiais na campanha de CoD: Vanguard. O agente foi inspirado em Charles Upham, que esteve em diversos confrontos com tanques de guerra nos desertos norte-africanos.
Juntos, os quatro membros das Forças Especiais têm a missão de entrar na cidade de Berlin controlada pelo exército nazista para investigar e impedir a execução do Projeto Fênix: plano de guerra desenvolvido por Heinrich Freisinger — personagem baseado em Heinrich Müller, chefe da Gestapo, a polícia secreta de Hitler.
Assista, a seguir, ao trailer de anúncio de Call of Duty: Vanguard:
Faz tempo desde a última vez em que um jogo da série Call of Duty situado na Segunda Guerra trouxe uma história narrada por diferentes pontos de vista. Tivemos algo parecido em CoD: World at War, em 2008, que mostrava as perspectivas individuais de um soldado dos EUA e outro da União Soviética em duas campanhas separadas.
Em CoD: Vanguard, por outro lado, as histórias dos protagonistas serão interligadas, já que os quatro vão se unir no mesmo grupo. Assim, cada um deles terá sua própria experiência com a guerra, influenciando seus papéis nas Forças Especiais. Esse estilo narrativo é muito bem-vindo e deve dar um novo fôlego para as campanhas da franquia, que muitas vezes são deixadas de lado pelos jogadores interessados apenas no multiplayer.
Vale mencionar que a Sledgehammer também é responsável por Call of Duty: WWII, que traz um dos enredos mais elogiados de toda a franquia, com momentos comoventes, personagens bem desenvolvidos e batalhas icônicas. Por isso, dá para esperar uma campanha de alta qualidade em CoD: Vanguard.
Depois de conhecer as origens das Forças Especiais na campanha singleplayer, será possível continuar jogando com esses mesmos soldados no multiplayer de Call of Duty: Vanguard. Segundo o diretor criativo do multiplayer, Greg Reisdorf, a ideia é fazer com que os jogadores se sintam tão poderosos nas partidas quanto esses operadores são na guerra.
Logo no lançamento, o game terá 20 mapas que vão cobrir todos os quatro frontes de guerra apresentados na campanha. Serão 16 arenas para partidas 6v6 e quatro localizações para outros modos de jogo, como Champion Hill — série de confrontos em estilo torneio nos quais será possível jogar sozinho, em dupla ou em um esquadrão de três pessoas.
A principal novidade do multiplayer de CoD: Vanguard, porém, é a estreia da gameplay tática na franquia, com mecânicas parecidas com as vistas em jogos como Rainbow Six Siege. Em vez de se preocupar apenas em mirar e atirar, os jogadores vão precisar pensar em estratégias e se movimentar com cautela pelos mapas para vencer.
Games com jogabilidade tática também costumam ter gunplay mais realista. Isso significa que cada tiro será muito mais valioso do que em outros títulos da franquia, os personagens vão se mover mais devagar, a precisão deverá ser mais difícil de controlar e as balas irão cair à distância, devido à gravidade.
Call of Duty já vinha há anos repetindo a mesma fórmula datada no modo multiplayer. Com a gameplay tática, as partidas de CoD: Vanguard devem ser mais variadas e contar com formas diferentes de jogar, fugindo daquela receita de bolo de começar o confronto, pegar uma arma e sair correndo atrás de abates sem nem pensar em uma estratégia.
Essa novidade, porém, não deve agradar muito os jogadores mais individualistas, já que shooters táticos costumam valorizar o trabalho em equipe. Para contornar esse “problema”, haverá a opção do Champion Hill, que pode ser uma excelente opção de modo de jogo para os lobos solitários.
Com a chegada de Call of Duty: Vanguard, o Battle Royale CoD: Warzone também vai receber novidades baseadas no novo título. A partir de 5 de novembro, o game vai começar a deixar de lado as conexões com a Guerra Fria de CoD: Black Ops Cold War para entrar no clima da Segunda Guerra Mundial.
Entre as novidades para CoD: Warzone estão um mapa inédito que chega ainda este ano, integração das tecnologias usadas em CoD: Vanguard para importar armas e operadores, atualizações com conteúdos gratuitos e um novo sistema anti-cheat para a versão de PC do jogo. Todo o desenvolvimento está sendo tocado pela Raven Software.
Por fim, o tão amado modo Zumbis vai continuar em CoD: Vanguard. Produzido pela Treyarch, o enredo será um crossover com CoD: Black Ops Cold War, funcionando como um prólogo para a história do Éter Negro. Além de continuar a campanha, esse novo capítulo também promete inovar na gameplay.
Mais um ano chega com um novo Call of Duty. Já foi-se o tempo no qual os jogos da franquia tinham validade maior que 12 meses. Sabendo disso, pagar R$ 300 em algo que pode durar somente alguns meses é bastante doloroso.
Assim como os últimos lançamentos da série, Call of Duty: Vanguard parece promissor e traz ideias muito legais, como a campanha internacional e a nova gameplay tática. Mas, em breve, isso tudo deve ser deixado de lado para dar lugar a microtransações e conteúdos fora da temática da Segunda Guerra Mundial nas temporadas de CoD: Warzone.
Não me leve a mal. Eu espero que CoD: Vanguard seja um ótimo jogo, principalmente por gostar do trabalho da Sledgehammer e admirar o carinho que a equipe tem pelos seus games. Porém, na maioria das vezes, os títulos de Call of Duty perdem toda a sua magia, devido à necessidade de transformar diversão em uma máquina de fazer dinheiro.
Para o ano que vem, a Activision poderia respirar fundo e deixar os jogadores aproveitarem por mais tempo o último lançamento. O mundo não vai acabar se não tiver um CoD novo.