Dona do Facebook interrompe planos de lançar seu próprio smartwatch
Smartwatch da Meta teria duas câmeras e seria lançado em 2023; dona do Facebook ainda pensa em criar pulseiras inteligentes
Smartwatch da Meta teria duas câmeras e seria lançado em 2023; dona do Facebook ainda pensa em criar pulseiras inteligentes
A Meta, controladora do Facebook, WhatsApp e Instagram, estava preparando um relógio próprio há cerca de dois anos. A ideia era lançar um smartwatch com duas câmeras, sendo uma para videoconferências em 1080p e outra para tirar fotos ocasionalmente. Mas a aposta ambiciosa da empresa foi colocada na gaveta.
O novo vazamento dá sequência às informações reveladas em 2021. Naquela época, a Bloomberg publicou a imagem de um relógio com a caixa quadrada e uma câmera frontal de 5 megapixels alocada em um notch na tela. O dispositivo era reconhecido internamente pelo codinome “Milan” e ainda não tinha um nome comercial.
Nesta quinta-feira (9), o site disponibilizou novas fotos do dispositivo. Dessa vez, as fotos vazadas mostram uma câmera de 12 MP na porção inferior, a parte que fica em contato com o pulso. A ideia, apesar de estranha, era até interessante e única: remover o wearable da pulseira para tirar fotos rápidas, mesmo sem ter o celular por perto.
Mas, ainda que a proposta seja um baita diferencial, a câmera impediu o funcionamento de outro recurso: os sensores responsáveis pela eletromiografia. Trata-se de uma técnica que monitora as atividades elétricas dos músculos. Assim, o relógio conseguiria converter os sinais dos nervos em comandos digitais.
Estas limitações foram fundamentais para a suspensão do projeto. O site explica que, para a Meta, a eletromiografia era um dos fatores mais importantes do relógio. Afinal, este recurso seria um divisor de águas para controlar outros dispositivos. E, como sabemos, a empresa está depositando todas as suas fichas no metaverso.
A empresa, por outro lado, deve manter a meta de lançar outros wearables para serem usados no pulso (perdão pelo trocadilho, de novo). A Bloomberg aponta que a companhia está trabalhando no desenvolvimento de outras pulseiras.
E até que isso faz bastante sentido: os óculos de realidade virtual precisam de outros acessórios para registrar ações. Criar um dispositivo que capta sinais de nervos pode ser, de fato, um divisor de águas no desenvolvimento dessa tecnologia.
Todavia, caso os planos da Meta fossem adiante, o relógio seria lançado em 2023 por US$ 349 (cerca de R$ 1.710 em conversão direta). O valor configuraria outra vantagem, pois competiria com o Apple Watch Series 7, que custa a partir de US$ 399 (R$ 1.955) nos Estados Unidos. O Galaxy Watch 4, por sua vez, está à venda com preços a partir de US$ 249 (R$ 1.220).
Com informações: Bloomberg
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