Elon Musk quer cortar 10% dos empregos na Tesla e pausa contratações
Tesla pode reduzir a força do trabalho devido ao pessimismo em relação ao cenário econômico; contratações também serão impactadas
Tesla pode reduzir a força do trabalho devido ao pessimismo em relação ao cenário econômico; contratações também serão impactadas
O cenário econômico conturbado começou a impactar o dia a dia da Tesla. Em um comunicado interno, o CEO Elon Musk anunciou que pretende reduzir 10% do corpo de funcionários da montadora de carros elétricos depois que teve um “pressentimento super ruim”. As informações foram reveladas pela Reuters nesta sexta-feira (3).
A carta vazada traz mais um relato sobre a rotina da empresa. Sem entrar em muitos detalhes, Musk afirmou que, após ter uma visão negativa sobre o cenário econômico, cogita em cortar 10% das posições. Os pormenores da decisão, no entanto, ainda permanecem sob mistério.
O aviso aos executivos pode impactar uma grande parcela de famílias em vários países, já que a Tesla possui operações dos Estados Unidos ao Japão. Para se ter uma ideia, no fim de 2021, a Tesla tinha cerca de 100 mil pessoas empregadas. O CEO da montadora também quer o congelamento de novas contratações no mundo todo.
Musk, porém, não é o único a carregar ressalvas sobre o contexto atual. À agência de notícias, analistas de mercado ressaltaram que a sensação ruim é repartida entre outras pessoas. Não à toa, o CEO do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, disse em um evento que um “furacão está logo ali na estrada vindo em nossa direção”.
A Tesla não comentou sobre o assunto.
O comunicado veio a público dois dias após o ultimato dado a funcionários da Tesla e SpaceX sobre trabalho remoto. Na terça-feira (31), Musk enviou um e-mail aos funcionários da empresa alegando que o trabalho remoto não é mais aceitável. Em outras palavras: trabalhe 40 horas semanais no escritório ou pede para sair.
A decisão do executivo, no entanto, segue na contramão de uma nova tendência: o trabalho remoto. Depois da pandemia, não somente os trabalhadores como os executivos descobriram as vantagens do home office. Esta visão é compartilhada tanto pela população dos Estados Unidos quanto de outros países, incluindo o Brasil, mas não são todas as companhias que entraram na onda.
A própria Apple enfrentou um imbróglio neste sentido. Em julho de 2021, os funcionários da fabricante do iPhone acusaram-na de reprimir o trabalho remoto. Mas o resultado dessa cruzada acabou resultando em reações descontentes e até indesejadas, como o pedido de demissão do diretor de Machine Learning (ML).
Com informações: Reuters