Facebook cogitou ajudar outras redes sociais para evitar ação antitruste
Oferta foi recusada pela Comissão Federal de Comércio do Estados Unidos (FTC), que acusa Facebook de práticas anticompetitivas
Oferta foi recusada pela Comissão Federal de Comércio do Estados Unidos (FTC), que acusa Facebook de práticas anticompetitivas
Em meio a processos antitruste, o Facebook cogitou ajudar outras redes sociais oferecendo o licenciamento de seu código para evitar disputas judiciais. A informação é de uma reportagem do Washington Post, que revela ainda que a oferta foi recusada pela Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC, na sigla em inglês).
Apesar de não haver detalhes sobre como funcionaria o licenciamento da plataforma, na prática, a proposta poderia ser especialmente interessante para produtos relativamente novos com potencial de expansão, como o TikTok, por exemplo.
A rede social de vídeos curtos ou qualquer outra concorrente que comprasse acesso ao código do Facebook poderia utilizar ferramentas poderosas para desenvolver novos recursos. Mas a FTC rejeitou o acordo sob justificativa de que tal ação não necessariamente representaria ganhos significativos para um cenário competitivo.
A agência norte-americana prestou queixa contra a empresa no dia 9 de dezembro alegando que o Facebook teria a intenção de “sufocar” seus concorrentes. O processo afirma ainda que a compra do Instagram e do WhatsApp foram parte do plano para “eliminar ameaças” ao seu monopólio.
As autoridades estaduais e federais afirmam que a empresa mantém um padrão de comportamento ilegal que consiste em “comprar, intimidar ou matar seus rivais”, deixando usuários sem alternativas.
O Facebook vem intensificando sua defesa com a contratação de advogados que já trabalharam em processos antitruste para o governo dos EUA e anunciou medidas para ilustrar sua suposta preocupação com a concorrência.
A reportagem do Washington Post lembra ainda sobre outra grande campanha que o governo dos Estados Unidos travou contra uma gigante da tecnologia: a Microsoft. Nos anos 90, a empresa foi alvo de diversos processos por em tese agir de forma anticompetitiva para promover o monopólio do Windows e do Internet Explorer.
Apesar de ter escapado das acusações e evitado o desmembramento de suas operações, a empresa se tornou menos agressiva, dando espaço a novas empresas do Vale do Silício, como o próprio Facebook, que agora enfrenta condições semelhantes.
Com informações: The Washington Post e The Verge