Facebook reage a críticas no documentário O Dilema das Redes
Para Facebook, documentário O Dilema das Redes oferece “visão distorcida” das plataformas de mídias sociais
Para Facebook, documentário O Dilema das Redes oferece “visão distorcida” das plataformas de mídias sociais
Se você assistiu ao documentário O Dilema das Redes, na Netflix, talvez tenha sentido o ímpeto de sair das redes sociais — se é que você já não o fez. Sem nenhuma surpresa, o Facebook não gostou do que foi mostrado ali. A companhia diz em um manifesto (PDF) que a obra oferece uma “visão distorcida” de como as plataformas de mídias sociais funcionam.
Com duração de aproximadamente uma hora e meia, O Dilema das Redes entrevista desenvolvedores, executivos e outros profissionais (aparentemente arrependidos) que ajudaram Facebook, Instagram, Twitter e Pinterest a se tornarem o que são hoje: plataformas que conectam milhões de pessoas de várias partes do mundo, todos os dias.
Há um lado positivo nesses ecossistemas. Você pode manter contato facilmente com parentes e amigos que moram longe ou trocar experiências com desconhecidos, por exemplo.
A contrapartida é justamente o ponto mais abordado no documentário: o de que as redes sociais “hackeiam” o cérebro do usuário para mantê-lo o maior tempo possível dentro delas. Isso seria feito, por exemplo, explorando as pequenas doses de prazer que recebemos com uma curtida ou quando nos sentidos parte de um grupo.
Mas, para o Facebook, a obra não condiz com a realidade. A companhia afirma que os produtores não incluíram no documentário as opiniões de funcionários atuais das plataformas mencionadas.
“Eles também não reconhecem — de modo crítico ou de outra forma — os esforços já realizados pelas companhias para enfrentamento dos vários problemas levantados. Em vez disso, eles contam com comentários daqueles que estão fora das plataformas há vários anos”, diz um trecho do manifesto.
De modo geral, o documento visa rebater os principais problemas apontados em O Dilema das Redes. Em um dos pontos, o Facebook nega que a sua rede social tenha sido desenvolvida para “viciar”. A companhia explica que oferece, por exemplo, ferramentas que permitem ao usuário controlar o tempo gasto no serviço, como painel de atividades e opções de desativação de notificações.
Outro ponto negado pela empresa é a afirmação “se o serviço é gratuito, o produto é você”. O Facebook explica que é uma plataforma suportada por anúncios, mas que não compartilha com anunciantes informações que possibilitam a identificação do usuário, exceto mediante autorização. Nesse sentido, a companhia também reforça que não vende informações dos usuários.
No penúltimo ponto do manifesto, o Facebook reconhece que cometeu erros que permitiram que a rede social fosse usada para manipulação política, principalmente na eleição dos Estados Unidos em 2016. No entanto, a companhia reclama que o documentário não menciona os esforços anunciados desde então para evitar que o serviço seja usado novamente para interferência em eleições.
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