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No ano passado, o fiasco do Galaxy Note 7 deixou bem claro que as baterias de íons de lítio podem ser explosivas. Gadgets movidos a pilha também estão suscetíveis a esse problema.

Segundo o Australian Transport Safety Bureau, agência australiana que cuida da segurança nos transportes do país, uma mulher ficou com queimaduras e bolhas depois que seu fone de ouvido explodiu em um voo.

Duas horas após o voo de Pequim para Melbourne decolar, a passageira estava dormindo e ouvia música em seus fones, quando escutou uma forte explosão. Logo depois, ela sentiu uma sensação de queimadura no rosto.

“Eu continuei a sentir queimação, então agarrei os fones de ouvido e os joguei no chão. Eles estavam soltando faísca e tinham pequenas quantidades de fogo”, disse ela à ATSB.

Os comissários de bordo jogaram água sobre os fones, que foi colocado em um balde na parte de trás do avião. As pilhas e o corpo do dispositivo derreteram e ficaram presos ao piso da aeronave. Ele soltou uma fumaça tóxica que fez os passageiros tossirem durante todo o resto do voo, que ocorreu em 19 de fevereiro.

A ATSB suspeita fortemente que o problema estava nas pilhas, não no dispositivo em si. A agência não revelou o nome da passageira, nem o nome da companhia aérea, nem a marca dos fones de ouvido.

Como lembra o The Verge, baterias e pilhas de lítio são suscetíveis ao que é conhecido como “fuga térmica”. Um aumento na temperatura – causado por uma falha interna ou por uma fonte externa – pode fazer os eletrólitos reagirem com os outros componentes químicos da bateria. Isso cria um gás que aumenta a temperatura, criando um ciclo que pode levar a incêndios e explosões.

Por isso, é importante evitar marcas pouco confiáveis, e checar se seus produtos eletrônicos passaram por testes de segurança. Isso será cada vez mais importante para fones de ouvido, à medida que smartphones perdem a tradicional entrada de 3,5 mm e estimulam usuários a adotar dispositivos de áudio sem fio – e com bateria.

Atualizado em 22/05 para esclarecer que o fone de ouvido usava pilhas, e não bateria.

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Escrito por

Felipe Ventura

Felipe Ventura

Ex-editor

Felipe Ventura fez graduação em Economia pela FEA-USP, e trabalha com jornalismo desde 2009. No Tecnoblog, atuou entre 2017 e 2023 como editor de notícias, ajudando a cobrir os principais fatos de tecnologia. Sua paixão pela comunicação começou em um estágio na editora Axel Springer na Alemanha. Foi repórter e editor-assistente no Gizmodo Brasil.

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