Instagram terá Stories Exclusivos pagos como resposta ao Twitter Super Follow
Os "Stories Exclusivos" estariam sendo desenvolvidos como opção de monetização para criadores, em resposta a ferramentas pagas de Twitter, Clubhouse e Spotify
Os "Stories Exclusivos" estariam sendo desenvolvidos como opção de monetização para criadores, em resposta a ferramentas pagas de Twitter, Clubhouse e Spotify
O Instagram está desenvolvendo sua própria versão do “Super Follow” do Twitter: o “Stories Exclusivos”. O formato permite com que criadores publiquem vídeos curtos e fotos disponíveis apenas aos fãs, que podem pagar pelo conteúdo. O app de imagens do Facebook confirmou que os prints da nova versão do stories que circula online são de um protótipo que não foi testado pelo público.
A rede não revelou planos sobre o protótipo do Stories Exclusivos — aparentemente, o botão terá uma cor roxa —, e disse ao TechCrunch que não poderia comentar o assunto. Os prints que circulam sobre o novo modo de publicar stories sugere que criadores podem adotar o modelo pago; o conteúdo aparece com o aviso “disponível apenas para membros” quando é acessado por contas comuns.
Stories Exclusivos não podem ser printados, mesmo com compartilhamento via Melhores Momentos — um aviso aparece para que criadores salvem o conteúdo em uma categoria nova: Melhores Momentos para fãs.
Os novos recursos foram descobertos pelo engenheiro de software Alessandro Paluzi, que geralmente vaza novidades e mudanças sobre apps como o Instagram e o Twitter.
Com o Stories Exclusivos, o Instagram tenta oferecer opções para criadores monetizarem conteúdo. O pagamento por presença nas redes é uma tendência: o Twitter lançou inscrições para o Super Follow, botão que permite a fãs enviarem mensalmente dinheiro a contas preferidas, e adicionou ingressos para seu recurso de conversas de áudio ao vivo, o Twitter Spaces. O Spotify também lançou o Greenroom, uma plataforma de chat por voz em tempo real que oferece pacotes para quem cria na rede.
Em paralelo às opções de monetização do Instagram, o Facebook também lançou salas de conversa ao vivo para concorrer com Twitter e Clubhouse. Patreon e OnlyFans, por sua vez, se tornaram populares justamente porque neles, criadores oferecem conteúdo premium aos fãs por um preço.
Adam Mosseri, CEO do Instagram, disse durante a Instagram’s Creator Week, no começo de junho, que a rede iria oferecer mais recursos para criadores de conteúdo, sem especificar quais estavam em desenvolvimento e seriam lançadas.
No evento, Adam Mosseri disse o seguinte:
“Então, em geral, [ferramentas de monetização para criadores] cabem em três categorias. Uma é o e-commerce — então qualquer recurso em que possamos ajudar com conteúdo publicitário, com marketing de programas de afiliação… podemos fazer mais com mercadorias […] O segundo jeito é pagar criadores diretamente — seja por conteúdo exclusivo, inscrições ou gorjetas, um sistema de medalhas ou outros tipos de pagamento. Acho que tem muito a ser feito nessa seara. Amo esses jeitos porque assim estabelecemos uma conexão direta entre fãs e criadores — eu creio que isso é mais sustentável e previsível ao longo-prazo”
A troca de NTFs (Non-Fungible Tokens) por dinheiro também dentro do Instagram também está nos planos da rede social — outro recurso que Alessandro Paluzi também descobriu. A nova ferramenta para vender tokens criptografados é chamada de Colectibles pelo Instagram; não há previsão de quando e se ela será lançada. Mas a opção aparece no perfil de criadores de conteúdo.
#Instagram continues to work on Collectibles 👀
Here's the onboarding screen 👇🏻 pic.twitter.com/mdlajGNzzX— Alessandro Paluzzi (@alex193a) June 28, 2021
Não está claro o quão avançados estão os projetos de monetização do Instagram, mas é difícil acreditar que a companhia não siga em frente com modelos pagos para criadores, já que a concorrência está acirrando a disputa. Mosseri já deixou claro também que gostaria de monetizar o IGTV, seção de vídeos mais longos da rede, e o Reels, que é parecido com o TikTok.
Com informações: TechCrunch