LG G3, o topo de linha com tela de 5,5 polegadas e resolução Quad HD
A LG levou apenas dois meses para, depois da apresentação oficial do modelo, trazer o G3 ao Brasil. É verdade que a novidade chega com o pouco convidativo preço sugerido de R$ 2.299 e vem com 2 GB de RAM mais 16 GB para armazenamento interno – há países em que o aparelho é oferecido com 3 GB e 32 GB, respectivamente. Ainda assim, o G3 causa boas impressões.
Nas demais especificações, o smartphone oferece chip quad-core Snapdragon 801 de 2,5 GHz com GPU Adreno 330, câmera traseira de 13 megapixels, câmera frontal de 2,1 megapixels, bateria de 3.000 mAh, suporte a microSD de até 128 GB e, naturalmente, recursos de conectividade, como Wi-Fi 802.11ac, Bluetooth 4.0, NFC, 4G e USB 2.0.
Tela
No primeiro manuseio, a tela, do tipo IPS, deixa claro que é mesmo uma das principais atrações do G3. Com 5,5 polegadas, o componente agrada não só pela quantidade de informação visual que consegue exibir, mas também pelos bons níveis de brilho e contraste, além da vivacidade das cores.
Mas, como você já sabe, o que a LG destaca é a resolução da tela do G3: a combinação de 2560×1440 pixels (Quad HD) e a sua correspondente densidade de 538 ppi (pixels por polegada) realmente são de causar espanto.
Apesar da sofisticação, na prática, a tela do G3 não entrega nada muito diferente do que oferece o seu antecessor, o G2, que conta com resolução Full HD e densidade de 424 ppi. Em ambos é quase impossível distinguir pixels e, como a oferta atual de conteúdo é quase toda feita com resolução de até 1080p, dá mesmo para questionar se a LG não exagerou neste aspecto.
Para quem se preocupa com o impacto enérgico que a resolução do G3 pode causar, a LG explica que o modelo está bastante otimizado para evitar excessos no consumo. De qualquer forma, vamos ter que esperar o aparelho estar em nossas mãos para review para confirmar se a tela não judia mesmo da bateria.
Design
Quem tem ou já viu um G2 de perto vai notar que o G3 possui design parecido, mas com acabamento mais caprichado. A tampa traseira é feita de um material plástico que lembra metal escovado e, assim, causa ótima impressão por ser bonita e (quase) imune às tão inconvenientes marcas de dedos. Por outro lado, a tampa também é boa em, às vezes, causar a sensação de que o aparelho irá escorregar da mão.
A LG manteve a ideia de deixar o botão de liga/desliga e o controle de volume na parte traseira, logo abaixo da câmera. Trata-se de uma proposta incomum, mas prática, uma vez que o aparelho é largo (74,6 milímetros) e, como tal, nem sempre é fácil acessar estes botões pelas laterais.
É claro que a conveniência da disposição destes botões vem com o tempo: nos primeiros dias, provavelmente você virará o aparelho para localizá-los ou passará o dedo sobre a câmera tentando encontrá-los.
Câmera
Se você faz questão de registrar fotos caprichadas com o smartphone, o G3 tem potencial para te agradar. Tal como no G2, a câmera do dispositivo vem com 13 megapixels, mas se destaca em relação ao primeiro por vir com um sistema de foco automático que usa um feixe de laser (localizado no item à esquerda da lente na imagem a seguir) para calcular a distância do assunto.
De acordo com a LG, este sistema ajuda a câmera a focar mais rapidamente, especialmente em ambientes noturnos. No evento de lançamento que a empresa promoveu nesta terça-feira (22), em São Paulo, não foi possível avaliar este aspecto, mas ao menos as fotos tiradas no local apresentaram boa qualidade.
Software
O G3 sai de fábrica com o Android 4.4.2 (KitKat) e uma interface customizada renovada. A LG fez um bom trabalho aqui, aplicando um visual “flat”, ou seja, com linhas simples, bom equilíbrio de cores e sem excesso nos efeitos de transição.
A LG também tomou o cuidado de não exagerar nos apps. Da própria empresa, dois dos destaques são os já conhecidos Knock Code, que permite ao usuário definir uma sequência de quatro toques na tela para desbloquear o aparelho, e o Smart Keyboard, que possibilita ajustar a posição do teclado virtual e, segundo a companhia, reduz em até 75% os erros de digitação.
Vale a pena?
Ainda precisamos fazer uma análise mais criteriosa para darmos nossas recomendações, mas nos primeiros testes, o G3 se mostrou um aparelho bem acabado, robusto e com um hardware respeitável. Para quem está procurando um smartphone topo de linha, o modelo é sim uma opção a se considerar. Mas talvez não seja para todo mundo.
Para quem já é dono de um G2, por exemplo, a troca pode não valer muito a pena, já que as especificações deste modelo são apenas ligeiramente inferiores ao hardware do G3, com a diferença mais expressiva ficando com a tela. Só que, em termos práticos, a resolução Quad HD não parece causar impacto significativo na experiência de uso.
Se a LG tivesse trazido a versão do G3 com 3 GB de RAM e 32 GB para armazenamento interno, haveria motivos bem mais fortes para considerar uma troca, mas, infelizmente, os executivos da empresa disseram que não há planos de disponibilizar esta variação no país.