Marissa Mayer vai ganhar US$ 186 milhões com a venda do Yahoo para a Verizon

Paulo Higa
• Atualizado há 1 mês

As coisas não andam bem para o Yahoo, que enfrentou enormes vazamentos de dados e teve seu preço de compra reduzido pela Verizon depois da crise. Mas a CEO Marissa Mayer não tem muito do que reclamar: com a conclusão do processo de venda da ex-gigante da internet para a operadora americana, ela vai ganhar aproximadamente US$ 186 milhões.

O valor foi obtido em novos documentos da Comissão de Títulos e Câmbio (SEC, na sigla em inglês), sendo bem maior que o informado anteriormente. Até então, Mayer estava cotada para receber pouco mais de US$ 23 milhões (US$ 3 milhões em dinheiro, US$ 20 milhões em ações e US$ 25 mil em benefícios). Esse montante é devido à perda do cargo de CEO do Yahoo depois da conclusão da negociação.

Yahoo + Marissa Mayer

Segundo o New York Times, os US$ 186 milhões que Mayer vai receber não levam em consideração as ações do Yahoo que a CEO já vendeu durante seu mandato, ou mesmo os bônus salariais dos últimos cinco anos. Com tudo isso somado, o montante deve passar dos US$ 200 milhões, valor considerável para uma empresa que foi vendida por US$ 4,48 bilhões.

O dinheiro chama a atenção porque, embora o início de Marissa Mayer como CEO tenha sido promissor, o Yahoo não conseguiu chegar nem perto de ter o mesmo sucesso que na década passada em e-mail, buscas ou notícias. As ações do Yahoo subiram 208% desde 2012, mas apenas devido a investimentos de longo prazo no Alibaba, que fez o maior IPO da história em 2014, e da participação no Yahoo Japan, que é uma empresa separada.

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Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.