A operadora norte-americana Verizon confirmou na manhã desta segunda-feira (25) que fechou acordo para comprar as operações do Yahoo por US$ 4,83 bilhões em dinheiro. Com a aquisição, a Verizon se tornará mais forte como empresa de mídia: o grupo de telecomunicações também comprou a AOL em maio de 2015. Os negócios das duas ex-gigantes de internet serão integrados.
O valor parece troco de pinga quando comparado aos US$ 44,6 bilhões que a Microsoft queria pagar em 2008, mas vale lembrar que o atual acordo não inclui todos os ativos do Yahoo. As participações da empresa no Alibaba e no Yahoo Japan, bem como determinadas patentes, não serão transferidas para a Verizon. Esses ativos continuarão sendo do Yahoo — que vai mudar de nome após a conclusão da transação, segundo o Wall Street Journal.
O Yahoo perdeu bastante força nos últimos anos, tendo até encerrado seu próprio motor de buscas para dar lugar ao Bing, mas ainda é uma empresa de internet com mais de 1 bilhão de usuários e escritórios em diversas partes do mundo, inclusive em São Paulo. O Yahoo Mail, mesmo não sendo tão presente como antigamente, tem 225 milhões de usuários ativos mensais.
Pelo visto, o olho da Verizon está na publicidade: “A compra do Yahoo vai colocar a Verizon numa posição altamente competitiva como uma companhia de mídia mobile global, e ajudará a acelerar nossas receitas com publicidade digital”, diz o presidente-executivo Lowell McAdam.
A CEO do Yahoo, Marissa Mayer, vai pelo mesmo caminho: “Esta transação também se mostra uma grande oportunidade para […] acelerarmos nosso trabalho em mobile, vídeo, publicidade nativa e social”. Ela também diz que tanto o Yahoo quanto a AOL popularizaram a internet, o e-mail, as buscas e a mídia em tempo real, e que é “poético” as duas empresas se juntarem.
A compra ainda passar pela aprovação dos órgãos regulatórios e dos acionistas do Yahoo. A previsão é que a transação seja concluída no início de 2017.