Verizon anuncia compra da AOL por US$ 4,4 bilhões
A AOL vai ter nova casa. A Verizon, holding norte-americana especializada em telecomunicações, anunciou a compra da empresa nesta terça-feira (12). Se o negócio for aprovado pelos órgãos reguladores, o valor a ser desembolsado chegará a US$ 4,4 bilhões.
No anúncio, a Verizon ressaltou que o acordo tem como base uma oferta pública. Isso significa que a companhia está disposta a adquirir as ações dos investidores atuais da AOL. Para convencê-los do negócio, a gigante das telecomunicações está oferecendo um “prêmio” de 17% sobre o valor de cada ação: na manhã de hoje, cada papel valia US$ 42,59, mas a Verizon está pagando US$ 50.
O negócio causa surpresa no mercado, mas não para todo mundo. A compra da AOL já vinha sendo alvo de rumores pelo menos desde o início do ano. Em janeiro, o CEO da Verizon Lowell McAdam chegou a dizer que a aquisição da AOL seria estupidez. Aparentemente, a intenção do executivo foi a de evitar que o assunto ganhasse repercussão e atraísse outros interessados.
Mas o que a Verizon viu de interessante na AOL? Essencialmente, conteúdo. Em uma época em que serviços como WhatsApp e Facebook tomam espaço das chamadas telefônicas e do SMS, as empresas de telecomunicações estão sendo obrigadas a diversificar suas operações.
A AOL pode ajudar a Verizon nesse sentido por ter forte atuação em diversos segmentos digitais nos Estados Unidos, com destaque para vídeos e publicidade online. A AOL também é dona de sites renomados, como Huffington Post, TechCrunch, Engadget e, claro, AOL.com.
Curiosamente, a AOL continua ganhando dinheiro com acesso discado à internet, modalidade que a tornou mundialmente famosa (graças aos seus malditos CDs com discadores). Um relatório divulgado pela empresa na sexta-feira passada indica que, atualmente, há 2,16 milhões de clientes pagando, em média, US$ 20,83 mensais pelo serviço (incluindo aí complementos como suporte técnico e antivírus).
Tim Armstrong, CEO da AOL, enviou um comunicado aos seus funcionários para dizer que, se o negócio for concluído, a companhia se tornará uma subsidiária da Verizon, mas com recursos adicionais. Na prática, essa foi uma maneira sútil que o executivo encontrou para dizer que demissões ou fechamento de departamentos não estão nos planos, pelo menos no curto prazo.
Com informações: Business Insider, Quartz