Oi volta a dar lucro após expandir rede de fibra óptica
Oi divulga resultados financeiros do 2° trimestre de 2021; receitas com fibra óptica finalmente superaram cobre e operadora encerra período com saldo positivo
Oi divulga resultados financeiros do 2° trimestre de 2021; receitas com fibra óptica finalmente superaram cobre e operadora encerra período com saldo positivo
A Oi divulgou seu balanço financeiro para o 2° trimestre de 2021. A operadora conseguiu reverter o cenário de prejuízo e apresentou lucro de R$ 1,13 bilhão graças aos resultados do projeto de expansão da rede de fibra óptica. No entanto, a tele registrou queda na receita e aumento na dívida líquida.
Veja os principais destaques financeiros do segundo trimestre e o comparativo com o mesmo período do ano anterior:
Indicador | 2º trimestre de 2021 | 2º trimestre de 2020 | Diferença |
---|---|---|---|
Receita líquida total | R$ 4,38 bilhões | R$ 4,54 bilhões | -3,4% |
Lucro/Prejuízo líquido | +R$ 1,13 bilhão | -R$3,40 bilhões | -133,4% |
Dívida líquida | R$ 25,69 bilhões | R$ 20,04 bilhões | +28,2% |
Capex (investimentos) | R$ 1,89 bilhão | R$ 1,76 bilhão | +7,5% |
Unidades Geradoras de Receita (acessos) | 55,3 milhões | 52,32 milhões | +5,7% |
Depois de muito tempo no vermelho, a Oi finalmente chegou ao lucro líquido no 2º trimestre de 2021. No entanto, o bom desempenho não foi suficiente para compensar as cifras negativas do período anterior; no acumulado anual, a tele continua com prejuízo de R$ 1,89 bilhão.
A Oi já tinha mais clientes de banda larga com fibra óptica em vez de xDSL desde fevereiro de 2021, mas só agora que a receita do novo serviço conseguiu superar o faturamento com cobre.
No segmento residencial, a Oi Fibra teve faturamento de R$ 654 milhões, alta de 156,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Por outro lado, os serviços com cobre apresentaram queda de 35,2% na receita líquida.
O segmento corporativo também tem grande importância no balanço da empresa, mas perdeu receita no trimestre: houve queda de 10,6%, com redução em serviços de TI, dados e outras. Na parte de pequenas empresas, a Oi conseguiu manter o faturamento com aumento de 0,1%.
A Oi encerrou o trimestre com 2,67 milhões de clientes residenciais conectados com fibra óptica até a residência (FTTH), o que representa alta de 116,6% em comparação com o ano anterior. No cobre ainda são 4,9 milhões de contratos, dos quais apenas 1,6 milhão possui banda larga com tecnologia xDSL.
A Oi já considera o segmento móvel como um serviço descontinuado, uma vez que Oi Móvel foi vendida para Claro, TIM e Vivo por R$ 16,5 bilhões. Mesmo assim, a companhia precisa continuar mantendo o negócio até que a compra seja aprovada pela Anatel e Cade.
A Oi Móvel registrou R$ 1,5 bilhão em receita líquida no período, o que representa queda de 3,7% no comparativo anual. A operadora afirma que a diminuição ocorreu principalmente no pré-pago, segmento que ainda sofre impactos da pandemia de COVID-19.
Mesmo com queda na receita, a base total de clientes móveis da Oi aumentou em 5,4% e atingiu a marca de 40,3 milhões de linhas.
O pós-pago atingiu a marca de 12,9 milhões de linhas, o que representa um crescimento anual de 32,7%. Esse tipo de cliente gera mais retorno para a companhia, uma vez que há comprometimento mensal para pagar a fatura de celular e os gastos são maiores que no pré-pago.
A Oi encerrou o semestre com cobertura de celular em 3.611 municípios brasileiros. A maioria absoluta está coberta com tecnologia 2G, que está presente em 3.499 cidades, seguidos do 3G (1.670) e 4G (1.042).