Pix sem internet e com envio ao exterior serão as novidades do BC para 2022
Além de transferências offline e internacionais, débito automático com Pix e uso mais amplo do open banking estão nos planos do Banco Central
Além de transferências offline e internacionais, débito automático com Pix e uso mais amplo do open banking estão nos planos do Banco Central
O Pix caiu no gosto dos brasileiros, e o sistema de pagamentos instantâneos deve ficar ainda mais abrangente em 2022. Ele deve contar com transferências internacionais, sem internet e débito automático. Além disso, o open banking promete facilitar compras, sem precisar trocar de aplicativo para concluir pedidos.
Das três novidades do Pix, o débito automático já consta no cronograma para o ano que vem. Já o Pix para o exterior e o Pix sem internet não aparecem na agenda, mas foram adiantados pelo presidente da instituição, Roberto Campos Neto, no aniversário de um ano do sistema de pagamento, em novembro.
O Pix com débito automático poderá abranger contas de consumo ou cobranças recorrentes, sem ser necessário realizar uma nova transação a cada vez.
O Banco Central também pretende expandir a operação do Pix para ambientes sem internet. As transações seriam iniciadas por QR code, mas não há muitos detalhes técnicos disponíveis.
Procurada pelo Tecnoblog, a assessoria de imprensa do BC disse que os estudos estão avançados, mas o uso de QR codes deve ser melhor assimilado pela população.
Já nas movimentações internacionais, a ideia é que outros sistemas de pagamento do exterior se conectem ao Pix. O BC disse ao Tecnoblog que a funcionalidade está em etapa de estudos, e que o órgão vem acompanhando de perto experiências de interligação em desenvolvimento em outras jurisdições.
Nenhum desses dois recursos está no cronograma divulgado pela instituição, e não há prazo para implementação.
O open banking não é tão falado quanto o Pix, mas é outra inovação importante do Banco Central para o sistema financeiro do Brasil.
Em 2021, as empresas puderam compartilhar informações de cadastro e de transações nas fases 1 e 2 da implementação (com o consentimento do usuário, obviamente). Na fase 3, iniciada em outubro, houve uma integração das transações.
Por enquanto, isso só funciona com o Pix. A partir de fevereiro, ela valerá também para TED. Boletos entram em junho, e débitos em conta, em setembro.
Com isso, o usuário poderá usar um único aplicativo para efetuar uma compra e já realizar seu pagamento, por exemplo, sem precisar copiar códigos e abrir o app do banco para fazer um Pix ou debitar um boleto, como é hoje.
Em 2022, o open banking incluirá ainda informações sobre seguros, investimentos e câmbio, além de permitir que empresas façam propostas de crédito a clientes.