Pokémon Company decide investigar o jogo do momento, Palworld

Apelidado de "Pokémon com armas", Palworld vendeu mais de 8 milhões de cópias em apenas seis dias e vem recebendo acusações de plágio

Giovanni Santa Rosa
Imagem do jogo Palworld. Três criaturas parecidas com ovelhas atiram usando metralhadoras.
Em Palworld, os monstros também usam armas (Imagem: Reprodução/Steam)

A Pokémon Company declarou que pretende investigar e tomar medidas apropriadas contra a desenvolvedora do game Palworld. “Nós recebemos muitas perguntas sobre um jogo de outra empresa lançado em 2024. Não demos permissão para o uso de propriedade intelectual ou ativos Pokémon neste jogo”, diz a nota. O texto não menciona o game, mas a referência é bastante óbvia: Palworld vendeu mais de 8 milhões de cópias em menos de seis dias e vem sendo acusado de plágio.

Disponível para Windows, Xbox One e Xbox Series X/S, Palworld é um jogo de sobrevivência. Ele foi lançado em 19 de janeiro de 2024 e ainda está em fase de early access. No game, o personagem principal está em uma ilha misteriosa e precisa construir sua base. Para isso, ele pode capturar monstrinhos, chamados “pals”, para fazê-los trabalhar e lutar.

A ideia em si lembra a da franquia Pokémon, mas os “pals” vão além. Eles apresentam semelhanças visuais com algumas criaturas, como Lucario, Cinderace, Electabuzz, Natu e muitos outros, além de personagens de outras franquias. Uma thread no X (antigo Twitter) lista as semelhanças.

“Pokémon com armas”

Apesar de tanta semelhança entre os monstros, Palworld tem um aspecto absurdo e satírico. O personagem principal e os “pals” podem usar armas, o que rendeu ao jogo o apelido de “Pokémon com armas”. Isso também gerou críticas de alguns fãs da franquia mais famosa, além de reclamações de que o jogo abusa do recurso de chocar o público com imagens desse tipo para ser engraçado.

Mesmo assim, o game recebeu avaliações positivas. O próprio humor ácido foi elogiado, assim como as mecânicas do jogo, principalmente nos combates e na exploração do ambiente da ilha.

Desenvolvedora de Palworld se defende

Takuro Mizobe, CEO da Pocketpair, respondeu às acusações de plágio, dizendo que os designs são originais e foram criados por um estudante de graduação, contratado em 2021. Ele também alertou que sua equipe vem recebendo comentários difamatórios e ameaças de morte.

A empresa ainda ressalta que a semelhança é maior com outros títulos, como Ark: Survival Evolved, já que o gameplay é muito diferente dos jogos da franquia Pokémon.

Com informações: Pokémon, TechCrunch

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Giovanni Santa Rosa

Giovanni Santa Rosa

Repórter

Giovanni Santa Rosa é formado em jornalismo pela ECA-USP e cobre ciência e tecnologia desde 2012. Foi editor-assistente do Gizmodo Brasil e escreveu para o UOL Tilt e para o Jornal da USP. Cobriu o Snapdragon Tech Summit, em Maui (EUA), o Fórum Internacional de Software Livre, em Porto Alegre (RS), e a Campus Party, em São Paulo (SP). Atualmente, é autor no Tecnoblog.