Pokémon Go lança tarefas de mapeamento em realidade aumentada

Recurso foi anunciado no primeiro semestre e chega agora no jogo; Niantic quer objetos virtuais no mundo real em Pokémon Go

Lucas Lima
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• Atualizado há 2 anos e 10 meses
Pokémon Go (Imagem: Divulgação/Pokémon Go)
Pokémon Go (Imagem: Divulgação/Pokémon Go)

Jogadores elegíveis começarão a receber uma nova tarefa ao girar PokéStops ou Ginásios: escaneamento de realidade aumentada. O exercício é parte da missão da Niantic em colocar objetos virtuais no mundo real com Pokémon Go, a partir de mapas 3D dinâmicos e precisos de elementos reais. No entanto, é preciso seguir alguns critérios para ter acesso ao recurso.

A intenção de criar objetos 3D virtuais foi revelada em maio deste ano, com o anúncio do recurso avançado de realidade aumentada de oclusão, chamado Reality Blending, qual permite que um Pokémon se esconda atrás de objetos do mundo real.

Na oportunidade, a Niantic disse que essa participação da comunidade, nas tarefas de escaneamento com realidade aumentada, permitiria uma experiência espacial e contextual dos Pokémon no mundo real.

Em outro artigo, a empresa comenta:

Basicamente, os dispositivos entenderão melhor o que estão vendo, a fim de aumentar a realidade em tempo real e permitir que a Niantic explore e forneça novos tipos de experiências de RA, que exigem um mapa 3D preciso e atualizado do mundo.

Como vai funcionar?

Os jogadores elegíveis verão um design especial em PokéStops ou Ginásios, ao girá-los, eles darão um tarefa de mapeamento de RA. Essa tarefa vai exigir que o treinador use a câmera para mapear o local ou objeto (assunto do PokéStop), em 360 graus, se possível, ou apenas 180 graus.

Ao concluir o pedido, o escaneamento contará como tarefa diária de pesquisa de campo e recompensará o jogador com itens. O vídeo abaixo mostra como será feito na prática:

O escaneamento de RA ideal

Em uma página de suporte, a Niantic explica o que torna um escaneamento ideal para os propósitos da empresa:

  • Escaneamento de 20 a 30 segundos com o objeto do PokéStop enquadrado no centro, visível de cima para baixo;
  • Velocidade e distância entre o objeto consistente durante a gravação;
  • Uma volta de 360 graus em torno do PokéStop, se possível (180 graus é suficiente);
  • Escaneamentos em vários horários do dia, com outras condições de iluminação e clima.
Portal Scanning, do Ingress (Imagem: Divulgação/Niantic)

Portal Scanning, do Ingress (Imagem: Divulgação/Niantic)

Alguns avisos podem aparecer na tela, para instruir o jogador caso ocorra algum problema durante o processo, como falta de iluminação ou movimentação insuficiente. Algumas práticas devem ser evitadas, segundo a Niantic:

  • Ficar parado e mover só o celular;
  • Escaneamentos em lugares escuros;
  • Gravações embaçadas (limpe a lente da câmera antes);
  • Escaneamentos com obstruções entre o PokéStop e o jogador (às vezes é inevitável, Niantic está ciente disso).

Quais são os jogadores elegíveis?

Nesse início, a Niantic incluiu jogadores acima do nível 20. Mas, o smartphone também precisa atender aos requisitos para realidade aumentada. Se um treinador que está no nível 20 ou superior recebeu a tarefa e o celular não está habilitado para a tecnologia, ele não poderá completar a tarefa.

Essa tecnologia está no iPhone 6s e posteriores (com iOS 11 ou acima) e smartphones Android com a versão 7 ou mais novas — é preciso ter suporte ao Google Play Services para RA instalado via Play Store. A lista dos aparelhos com o robô verde pode ser encontrada nessa lista.

E a privacidade?

A empresa alega que as informações enviadas serão anonimizadas após o carregamento no servidor. Alguns objetos (como placa de carros) e rostos serão desfocados e os dados pessoais relacionados ao escaneamento não serão armazenados nem vinculados às contas dos jogadores.

Com informações: Pokémon Go, Suporte Niantic 1, 2.

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Lucas Lima

Lucas Lima

Coordenador de conteúdo

Lucas Lima trabalha no Tecnoblog desde 2019 cobrindo software, hardware e serviços. Pós-graduando em Data Science, formou-se em Jornalismo em 2018 e concluiu o técnico em Informática em 2014, mas respira tecnologia desde 2006, quando ganhou o primeiro computador e varava noites abrindo janelas do Windows XP. Teve experiências com comunicação no poder público e no setor de educação musical antes de atuar na estratégia de conteúdo e SEO do TB.

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