Prefeitura do Rio de Janeiro lança página com dados abertos sobre a cidade
Datalake é um repositório com informações de secretarias, autarquias e empresas municipais do Rio de Janeiro
Os cariocas, jornalistas, pesquisadores e mais pessoas já podem acessar os dados abertos sobre a Cidade Maravilhosa com mais facilidade. Nesta sexta-feira (10), a Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou o Datalake, um repositório para armazenar, processar e disponibilizar informações de autarquias, empresas municipais e secretarias. A nova solução está disponível ao público em uma página do Data.Rio.
A novidade oferece uma nova abordagem para conferir informações em tempo real sobre a cidade. A iniciativa parte do Escritório de Dados, um centro de pesquisa, formação e divulgação em ciência e visualização de dados da prefeitura. Além disso, a entidade é vinculada ao Gabinete do Prefeito.
O verdadeiro propósito do Datalake é facilitar o acesso às informações abertas. Ao Tecnoblog, o responsável pelo Escritório de Dados, João Carabetta, afirmou que a solução engloba diversas esferas da prefeitura. E a melhor parte: é tudo grátis.
“Com este repositório, será possível ter acesso a informações como a localização de buracos no asfalto, informações sobre o sistema GPS instalados em ônibus e também aos números de atendimento do Canal 1746”, explicou.
Carabetta também detalhou as disparidades entre a nova solução e o Data.Rio, o repositório de dados gerais sobre a cidade. “A grande diferença entre o Data.Rio e o novo Datalake é a possibilidade de atualização em tempo real e integração de base”, disse. “Além de poder baixar os arquivos, o usuário conseguirá analisar os dados utilizando BigQuery, Python, R e também PowerBI”.
Datalake traz dados abertos do Rio de Janeiro
O projeto reune informações de entidades do município. Em nota à imprensa, a Prefeitura destacou que a ideia é criar uma base de dados utilizando as tecnologias mais avançadas. Assim, todo esse repositório pode ser usados pela sociedade civil, universidades e empresas privadas possam desenvolver projetos e pesquisas em benefício da cidade.
O projeto deu a largada ainda no ano passado, em um piloto. Mas algumas secretarias, como a de Educação, já utilizam a plataforma para acompanhar o cotidiano de alunos da rede municipal de ensino em tempo real, por exemplo. O repositório também vai receber informações de outras plataformas, como o aplicativo de mapas Waze.
Todo esse apanhado pode ser utilizado em diversas frentes. “Quando um usuário reclamar de um buraco, por exemplo, a queixa chegará direto para a Secretaria de Conservação”, explicaram durante o lançamento. “O mesmo acontecerá com denúncias de sinais apagados, que serão direcionadas para a CET-Rio.”
Segundo a Prefeitura, o próximo Desafio COR (Centro de Operações Rio) contará com dados pluviométricos de satélite e de radar que já estão disponíveis no Datalake. A nova rodada do evento terá como foco a prevenção de enchentes e deslizamentos.
Dados podem ser usados por pesquisadores e mais
As aplicações, é claro, não ficam presas somente à prefeitura. Por exemplo, ao acessar a base “Transporte Rodoviário: GPS dos Ônibus”, os usuários podem ter acesso a um arquivo com a localização dos ônibus da cidade. A página ainda informa um pequeno tutorial para extrair as informações com BigQuery, Python e R.
Outra informação disponível é um mapa com os limites de bairros da cidade. Ao acessar a base “Limite de Bairros”, estudantes de arquitetura e urbanismo, ciência política, sociologia e outros cursos podem contribuir um banco de dados para trabalhar em suas pesquisas. Também há arquivos com chamados abertos no 1746, estações meteorológicas, logradouros e muito mais.
O repositório Datalake está disponível no site do próprio Data.Rio: data.rio.
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