Receita já faturou R$ 2,6 bi com leilão de bens apreendidos, incluindo eletrônicos
Receita Federal obteve R$ 478 milhões em faturamento com leilões de 2020; órgão costuma leiloar iPhone, Xiaomi e outros celulares
Receita Federal obteve R$ 478 milhões em faturamento com leilões de 2020; órgão costuma leiloar iPhone, Xiaomi e outros celulares
A Receita Federal costuma fazer leilão de produtos confiscados, e o faturamento com os arremates nos últimos 10 anos foi alto: o órgão conseguiu R$ 2,6 bilhões com a venda de itens apreendidos, incluindo eletrônicos como celulares, notebooks ou videogames.
Os arremates são feitos por meio do Sistema de Leilão Eletrônico (SLE), desenvolvido pelo Serpro. A plataforma foi responsável por mais de 1.500 leilões, com cerca de 105 mil lotes regionais de mercadorias confiscadas pela Receita.
A arrecadação com os leilões é expressiva: apenas em 2020, a Receita obteve R$ 478 milhões com os arremates. Desta cifra, 60% foi destinado ao Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades (Fundaf), que é responsável para melhoria nas ações de combate ao contrabando e descaminho. Os outros 40% foram enviados à Seguridade Social.
É válido lembrar que a Receita Federal não leiloa todos os itens apreendidos: ao longo de 2020, o órgão destruiu milhares de aparelhos de TV Box voltados para uso com IPTV pirata e que não passaram por homologação da Anatel. Em situações como essas, algumas peças são enviadas para reciclagem.
Vários leilões da Receita Federal chamam atenção por conterem objetos eletrônicos de alta popularidade e lances iniciais com valor abaixo do mercado.
Em um arremate realizado pela Alfândega da Receita Federal de Salvador (BA) era possível dar lances a partir de R$ 600 para a compra de um PlayStation 4 ou Xbox One S. Computadores da Apple também costumam ser encontrados, e um Mac Mini tinha valor mínimo de R$ 400, enquanto um MacBook Air era encontrado a partir de R$ 1.000.
Outro leilão de produtos da região Norte continha uma quantidade significativa de celulares: era possível dar um lance mínimo de R$ 250 para um Redmi Note 8, ou R$ 1.980 para um lote contendo dois Redmi Note 9, um Galaxy S7 Edge e um caiaque (sim, um caiaque).
Em Fortaleza, a Receita leiloou um lote contendo um iPhone 11 Pro Max de 64 GB e um Apple Watch Series 4 com lance mínimo de R$ 2.700, enquanto um MacBook Pro de 15 polegadas com 256 GB de armazenamento tinha preço inicial de R$ 4.000.
Comprar itens em um leilão da Receita Federal pode não ser a tarefa mais trivial: nem todos os produtos ficam disponíveis para pessoas físicas, e pode ser necessário o uso de um CNPJ para compra determinados lotes. Além disso é necessário ter um certificado digital para participar da licitação, e o valor do arremate não inclui ICMS, que deve ser pago à parte. Os aparelhos também não contam com nenhuma garantia e devem ser retirados pessoalmente.
Com informações: Serpro
{{ excerpt | truncatewords: 55 }}
{% endif %}