O Spotify é o maior serviço global para streaming de música, mas está em apuros: eles nunca tiveram lucro, e o dinheiro está acabando. O que fazer? Recorrer à bolsa de valores.

Documentos da SEC, comissão mobiliária de valores nos EUA, mostram que o Spotify vai estrear com o símbolo “SPOT” na bolsa de valores NYSE — e de uma forma incomum.

Trata-se de uma listagem direta: isso significa que os investidores e funcionários do Spotify só venderão suas ações quando elas estiverem na bolsa. Em geral, as empresas fazem um IPO (oferta pública de ações) para venderem suas ações inicialmente a grandes investidores.

O Spotify teve receita de US$ 5 bilhões em 2017. No entanto, após todos os gastos, ela perdeu dinheiro — seu prejuízo foi de US$ 1,46 bilhão. A empresa tinha US$ 582 milhões disponíveis no final do ano.

Antes de estrear na bolsa, o Spotify foi avaliado entre US$ 19 bilhões e US$ 23 bilhões por investidores privados. Entre seus principais acionistas, estão o CEO e cofundador Daniel Ek (25,7% das ações ordinárias), o cofundador Martin Lorentzon (13,2%), o conglomerado chinês Tencent (7,5%) e a Sony Music (5,7%).

As gravadoras Universal, Sony e Warner são acionistas minoritárias e fecharam acordos de licenciamento com o serviço de streaming, abrindo caminho para a estreia na bolsa. Elas pressionaram o Spotify a colocar limites para usuários do plano gratuito: se você não for assinante, não pode escutar alguns álbuns nas primeiras semanas após o lançamento.

O Spotify tem 159 milhões de usuários registrados, e 71 milhões de assinantes do plano Premium — é o dobro do Apple Music. Seus três maiores mercados são os EUA, Brasil e Reino Unido; por aqui, eles têm 42% de participação.

A ação SPOT deve começar a ser negociada em algum momento de março ou abril.

Com informações: Axios, TechCrunch.

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Felipe Ventura

Felipe Ventura

Ex-editor

Felipe Ventura fez graduação em Economia pela FEA-USP, e trabalha com jornalismo desde 2009. No Tecnoblog, atuou entre 2017 e 2023 como editor de notícias, ajudando a cobrir os principais fatos de tecnologia. Sua paixão pela comunicação começou em um estágio na editora Axel Springer na Alemanha. Foi repórter e editor-assistente no Gizmodo Brasil.

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