A estratégia dos planos família está dando certo para o Spotify
Serviço de música atinge 180 milhões de usuários, sendo 83 milhões de assinantes do Spotify Premium
Serviço de música atinge 180 milhões de usuários, sendo 83 milhões de assinantes do Spotify Premium
O Spotify ainda não dá lucro, mas caminha para isso. Nesta quinta-feira (26), a empresa publicou o segundo relatório financeiro desde que estreou na bolsa, mostrando que o número de usuários pagantes subiu para 83 milhões no segundo trimestre, um aumento de oito milhões em relação a maio. O maior responsável por isso? Os planos família.
O serviço de música descobriu que os usuários de planos família tendem a se manter assinantes por mais tempo. Por isso, eles “continuam sendo o principal impulsionador de adições brutas [de usuários] e menor rotatividade” no Spotify, o que contribuiu para que a quantidade de pagantes aumentasse 40% ano a ano.
A maioria da base de 180 milhões de usuários ativos ainda é composta por usuários do plano gratuito, mas o ritmo de crescimento do Spotify Free é menor: 23% ano a ano. A empresa diz que a nova interface para não pagantes, com playlists personalizadas e a possibilidade ouvir músicas sob demanda, deve melhorar o “engajamento, retenção e conversão”.
A divisão de receita não mudou muito: os anúncios continuam não sendo suficientes para pagar os royalties dos artistas. Então, ainda que os assinantes do Premium representem 46% da base, eles são responsáveis por 90% do faturamento de 1,273 bilhão de euros do Spotify no trimestre; enquanto isso, os 54% de usuários do Spotify Free renderam à empresa apenas € 123 milhões.
E, assim como aconteceu com o Facebook, o Spotify viu o crescimento de usuários diminuir na Europa, onde o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (GDPR) passou a vigorar em maio. É justamente na Europa que está a maior fatia de usuários do serviço de música (37%) — o que também contribuiu para que a empresa fechasse o trimestre com prejuízo operacional de € 90 milhões.