Supermercado futurístico da Amazon pode funcionar com apenas três empregados humanos

Paulo Higa
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• Atualizado há 5 meses

Quantas pessoas são necessárias para tomar conta de um supermercado? Pelo menos nos estabelecimentos futurísticos da Amazon, o número pode ser apenas três. É o que informa o New York Post, que obteve acesso a um protótipo de supermercado da Amazon que não possui nenhum caixa e cobra tudo automaticamente na sua conta.

A ideia seria uma versão mais abrangente do Amazon Go, mercearia equipada com sensores e câmeras de visão computacional e aprendizagem de máquina. No Amazon Go, basta se identificar com seu celular na entrada, pegar os itens que desejar e sair do local, sem dar satisfação para ninguém — a tecnologia sabe o que você pegou ou devolveu na prateleira.

Para que o estabelecimento funcione, haveria seis empregados em horário normal: um para estocar as prateleiras; um para cadastrar os clientes no AmazonFresh, serviço de entrega rápida de itens de mercearia; dois para tomar conta do drive-thru; e outros dois para supervisionar robôs que ensacariam e entregariam as compras aos clientes no estabelecimento. Nos horários menos ou mais movimentados, o número de funcionários pode ser reduzido para três ou ampliado para até dez pessoas.

Com bem menos funcionários que um supermercado tradicional, a margem de lucro da Amazon poderia ser de até 20%, sendo que a média do setor, nos Estados Unidos, é de apenas 1,7% — os estabelecimentos costumam empregar, em média, 89 funcionários. Sem contar que o espaço físico ocupado pela loja é menor, já que robôs poderiam tomar conta dos produtos e otimizar o estoque.

Ao New York Post, a Amazon negou publicamente que está planejando construir um supermercado que corte tantos funcionários. A Amazon já opera uma mercearia menor em Seattle, nos Estados Unidos, por enquanto restrita a funcionários, mas não informou quantos humanos são necessários para fazer o estabelecimento funcionar.

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Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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