Twitter decide banir Trump por risco de incitação à violência
Conta de Donald Trump foi banida definitivamente por violar política do Twitter contra glorificação da violência
Conta de Donald Trump foi banida definitivamente por violar política do Twitter contra glorificação da violência
O Twitter anunciou nesta sexta-feira (8) que a conta pessoal de Donald Trump foi banida definitivamente. Segundo a empresa, a decisão foi tomada após uma análise dos tweets recentes do presidente dos Estados Unidos e uma avaliação de como eles são recebidos dentro e fora da rede social.
No comunicado, o Twitter citou a invasão de apoiadores de Trump ao Capitólio dos EUA na quarta-feira (6) e apontou comportamentos que, em sua conclusão, incitam a violência no país. De acordo com a plataforma, o bloqueio definitivo da conta do republicano ocorreu com base em dois tweets.
“Os 75 milhões de grandes patriotas americanos que votaram em mim, AMERICA FIRST e MAKE AMERICA GREAT AGAIN terão uma VOZ GIGANTE por muito tempo no futuro. Eles não serão desrespeitados ou tratados injustamente de nenhuma forma”, dizia uma das mensagens.
Pouco tempo depois, Trump publicou: “A todos os que me perguntaram, não irei à posse no dia 20 de janeiro”.
Segundo o Twitter, as declarações devem ser analisadas pelo contexto dos EUA e pelas formas como podem ser usadas para incitar a violência. A empresa afirma que os tweets violaram a Política contra Glorificação da Violência, pois “eram altamente propensos a encorajar e inspirar as pessoas a replicarem os atos criminosos que ocorreram no Capitólio dos EUA em 6 de janeiro de 2021”.
A plataforma apontou que a primeira mensagem está sendo recebida por muitos apoiadores de Trump como uma confirmação de que a eleição de 2020 não foi legítima e de que o presidente está negando sua fala anterior de que haveria uma transição de governo ordenada.
Já o segundo tweet poderia ser visto como incentivo para quem planeja atos violentos na posse do presidente eleito Joe Biden, já que Trump não comparecerá.
O Twitter lembrou ainda que já havia adiantado na quarta-feira que violações adicionais poderiam levar a medidas como essa.
“Nossa estrutura de interesse público existe para permitir que o público ouça diretamente as autoridades eleitas e os líderes mundiais”, afirmou a empresa. “No entanto, há anos deixamos claro que essas contas não estão totalmente acima de nossas regras e não podem usar o Twitter para incitar a violência, entre outras coisas”.