Parler promete voltar após ser banido por Amazon, Apple e Google

CEO do Parler promete retomar atividades após ser banido de lojas de apps de Apple e Google e do Amazon Web Services (AWS)

Bruno Gall De Blasi
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• Atualizado há 1 ano
Parler (Imagem: Bruno Gall De Blasi/Tecnoblog)
Parler (Imagem: Bruno Gall De Blasi/Tecnoblog)

Neste fim de semana, o Parler não só teve seu app removido por Apple e Google como também foi banido do Amazon Web Services (AWS). Mas, apesar das ações movidas pelas empresas contra a rede social utilizada por apoiadores de Donald Trump e reconhecida pelas publicações com discursos de ódio, a plataforma pretende voltar.

A primeira medida partiu do Google, que removeu o Parler de sua loja de apps para Android. Em seguida, a Apple alertou à plataforma que seu aplicativo seria removido caso não cuidasse da moderação dos conteúdos em 24 horas, o que levou o app à lista dos mais baixados na manhã do sábado (9). Ainda nesta segunda-feira (11), o app não se encontra disponível para download em ambas as lojas.

“Atualmente este app não está disponível no seu país ou região”, diz a App Store ao acessar a página de download do app pelo iPhone (iOS). A página da Google Play Store brasileira, por sua vez, emite o aviso “o URL solicitado não foi encontrado no servidor” quando acessada pelo computador através do navegador.

A ação da Amazon veio em seguida. De acordo com um e-mail ao qual o BuzzFeed News teve acesso, a plataforma fundada em 2018 que se põe como uma rede social com “liberdade de expressão” seria suspensa dos servidores do Amazon Web Services (AWS) na segunda-feira (11), às 04h59 (horário de Brasília), por não cumprir os termos do serviço e representar “um risco muito real para a segurança pública”.

“Nas últimas semanas, relatamos 98 exemplos ao Parler de postagens que claramente encorajam e incitam a violência”, diz a notificação da Amazon à rede social. “Recentemente, vimos um aumento constante desse conteúdo violento em seu site, o que viola nossos termos. É claro que Parler não tem um processo eficaz para cumprir os termos de serviço da AWS”.

“A AWS fornece tecnologia e serviços para clientes em todo o espectro político e continuamos a respeitar o direito do Parler de determinar por si mesma qual conteúdo será permitido em seu site”, afirmaram. “No entanto, não podemos fornecer serviços a um cliente que é incapaz de identificar e remover de forma eficaz o conteúdo que incentiva ou incita a violência contra outras pessoas”.

Procurada pelo BuzzFeed News, a Amazon não comentou sobre o assunto.

CEO do Parler promete voltar após banimento

A decisão inviabiliza o acesso à rede social mesmo que seja realizado através de navegadores pelo celular, computador ou tablet. Mas o CEO do Parler, John Matze, prometeu voltar após o banimento em uma publicação feita na própria plataforma.

“Existe a possibilidade de o Parler ficar indisponível na internet por até uma semana enquanto reconstruímos do zero”, disse. “Nos preparamos para eventos como este nunca contando com a infraestrutura proprietária da Amazon e construindo produtos bare metal”.

Mas não são somente as empresas de tecnologia que se posicionaram contra o Parler neste fim de semana. Em entrevista por telefone à Fox News neste domingo (9), Matze disse que “todos os fornecedores, de serviços de mensagem de texto a provedores de e-mail e nossos advogados, também nos dispensaram, no mesmo dia”.

A ação das empresas ocorre após a invasão no Capitólio dos Estados Unidos, na semana passada, por apoiadores do atual presidente americano. Após o episódio, o Twitter agiu ao banir Donald Trump da plataforma por risco de incitação à violência nesta sexta-feira (8). O FBI também recorreu aos usuários de Twitter e Facebook para identificar os participantes do ataque.

Com informações: BuzzFeed News, The New York Times e The Verge

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Bruno Gall De Blasi

Bruno Gall De Blasi

Ex-autor

Bruno Gall De Blasi é jornalista e cobre tecnologia desde 2016. Sua paixão pelo assunto começou ainda na infância, quando descobriu "acidentalmente" que "FORMAT C:" apagava tudo. Antes de seguir carreira em comunicação, fez Ensino Médio Técnico em Mecatrônica com o sonho de virar engenheiro. Escreveu para o TechTudo e iHelpBR. No Tecnoblog, atuou como autor entre 2020 e 2023.

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