Uber sofre prejuízo de US$ 1,1 bilhão no trimestre, mas Eats cresce
Empresa ainda sofre os efeitos da pandemia de COVID-19, mas prejuízo é menor do que o do trimestre anterior
Empresa ainda sofre os efeitos da pandemia de COVID-19, mas prejuízo é menor do que o do trimestre anterior
A crise que atingiu a Uber com a pandemia de COVID-19 persistiu no terceiro trimestre, de acordo com dados divulgados pela empresa nesta quinta-feira (05). Com prejuízo de US$ 1,1 bilhão, a companhia registra uma queda de 20% na receita líquida em relação ao mesmo período de 2019.
O maior ofensor é o serviço de caronas, que é carro-chefe da empresa. Nesse setor, a receita bruta caiu 52% ano contra ano. Apesar do declínio, os dados sugerem uma recuperação à medida que as medidas restritivas relacionadas à pandemia vão ficando mais flexíveis – no segundo trimestre, a queda registrada foi de 73%.
Já a divisão de entregas Uber Eats continua a crescer – a empresa relatou aumento de 190% na receita líquida ajustada do setor (que desconta incentivos, pagamentos por indicação de motoristas e reembolso pelos equipamentos de proteção contra COVID-19). A escalada no ano contra ano é um reflexo do aumento de demanda por delivery durante o isolamento social.
O serviço vem expandindo seus recursos e opções de entrega nos últimos meses – em julho, a Uber anunciou uma nova modalidade para entregas de supermercado, além da compra da Postmates, serviço de entregas rival no mercado norte-americano.
De acordo com Dara Khosrowshahi, diretor executivo da Uber, a empresa está otimista em relação aos próximos meses. “Todas as primeiras evidências que vemos deixam cada vez mais claro que é uma questão de quando, e não se, nosso negócio de mobilidade vai se recuperar”, explicou em uma teleconferência com investidores.
O CEO também acredita que a categoria de entregas pode continuar a apresentar crescimento exponencial. Atualmente, o UberEats conta com 560 mil restaurantes cadastrados em sua plataforma, sendo cerca de 30% nos Estados Unidos.