O kernel é essencial em qualquer sistema operacional, sendo basicamente o “cérebro” de um computador. Ele consegue gerenciar os componentes de hardware da máquina para que os softwares instalados consigam trabalhar perfeitamente. Mas, afinal, o que é kernel? Abaixo, vou te explicar mais detalhes sobre o termo.
Após ligar seu PC, o kernel entra em ação para detectar o hardware instalado e carregar o sistema operacional. Em seguida, ele fica responsável pelo gerenciamento de tarefas, memórias, arquivos e periféricos, sendo basicamente o “chefão” de tudo o que acontece no computador.
Para evitar a contaminação por malwares, o kernel trabalha em uma área separada da memória, ficando totalmente inacessível por outros programas. Assim, seu código pode ser carregado nessa região protegida sem nenhum problema, mesmo que o sistema operacional tenha sido infectado.
Funções
Gerenciar recursos: o kernel consegue gerenciar vários recursos do computador para garantir que os processos tenham um acesso uniforme ao hardware. Por exemplo, cada programa precisa de um certo espaço na memória. O kernel fica responsável por alocar o valor necessário para sua execução;
Gerenciar dispositivos: periféricos e outros dispositivos conectados ao computador são gerenciados pelo kernel. Ao inserir um pendrive, por exemplo, o núcleo vai atuar na gestão da memória e na comunicação dos arquivos com os programas e hardware.
Tipos de kernel
Kernel monolítico: os serviços do usuário e os serviços do kernel são implementados no mesmo espaço da memória. Isso acaba aumentando o tamanho do kernel e, consequentemente, do sistema operacional. Por outro lado, como não há espaços separados, a execução dos processos é mais rápida;
Microkernel: separa os serviços do usuário e os serviços do kernel em espaços diferentes. Apesar dele reduzir o tamanho do kernel e do sistema operacional, a comunicação entre os programas e serviços é feita com a ajuda de análise de mensagens, o que acaba diminuindo a velocidade de execução;
Kernel híbrido: usa a velocidade do monolítico e a modularidade do micro. Ele traz um código no espaço dedicado ao kernel que permite uma execução mais rápida quando comparado ao espaço do usuário. Assim, alguns serviços de rede e sistemas de arquivos, por exemplo, são executados nessa área para reduzir a sobrecarga e aumentar o desempenho;
Nanokernel: como o próprio nome sugere, o nanokernel tem um código muito pequeno. O termo é usado para descrever um kernel que suporta uma resolução de clock de nanossegundos;
Exokernel: o exokernel permite customizações específicas em seu código. No entanto, a ideia consiste em aplicar poucas modificações e usá-las apenas quando necessário. Para fazer isso, é preciso ter um bom conhecimento, pois ele tem uma construção complexa.
Pronto, agora você já sabe o que é kernel, suas funções e os tipos existentes.
Wagner Pedro é um paraibano “arretado” apaixonado por smartphones e cobre tecnologia desde 2017. Autodidata desde a época dos PCs de tubo, internet discada e Windows XP, buscou conhecimento em pequenos cursos de Informática e uniu essa paixão ao jornalismo. Ainda sente falta do extinto Windows Phone. No Tecnoblog, foi autor entre 2020 e 2022.