O que é um Game as a Service, também conhecido como Gaas?
Também conhecido como "Live Service", esse termo é altamente popular entre as empresas de jogos; Saiba o que é Game as a Service
Com o absurdo aumento nos custos de produção de jogos, as empresas focaram suas buscas para ampliar seus lucros ainda mais. Uma dessas alternativas tem o nome de “Game as a Service” (ou GaaS), uma prática cada vez mais comum nessa indústria. Venha comigo para conhecer mais sobre o termo, suas vantagens, desvantagens e exemplos.
Quando usamos a nomenclatura “Game as a Service” para descrever um jogo, estamos nos referindo a um modelo de negócio. O lucro ainda é o principal objetivo, mas é um pouco diferente de um lançamento padrão.
Nesse caso, não basta apenas colocar o título nas lojas e aguardar suas vendas, as intenções são de segurar os jogadores por muito mais tempo oferecendo novos conteúdos e criando um fluxo de pagamento periódico.
Há obras que são gratuitas para jogar, mas que oferecem extras como cosméticos ou pedaços de campanhas. Outras custam o valor de um jogo completo (entre U$ 59,90 e 69,90), mas também criam motivos adicionais para que o usuário continue gastando.
Sendo assim, a empresa mantém sua finalidade de segurar a atenção dos jogadores pelo máximo de tempo possível.
Mas como as empresas lucram?
Por manter o game ativo por muitos anos, tudo o que as companhias precisam fazer é direcionar os recursos de produção de jogos para criar novidades. As principais formas de recebimento monetário são:
- Microtransações: Comprar uma peça de roupa para o personagem, skin para uma arma ou qualquer coisa com preços menores entram nessa categoria;
- Season Pass (ou Passe de Batalha/Temporada): O jogador adquire um ingresso para participar ativamente de uma temporada, podendo ganhar itens exclusivos para seu avatar durante o processo;
- Assinaturas: Mais popular nos MMO (Massive Multiplayer Online), esse modelo pede para que o usuário pague um valor mensal para usar todos os recursos disponíveis.
A parte mais inteligente do Game as a Service é a sensação boa que ele traz ao dizer que não há necessidade de gastar dinheiro a mais com o jogo, pois quase sempre a base padrão é o suficiente para divertir.
Assim, as pessoas acabam abrindo suas carteiras para se destacar visualmente com seus personagens ou para adquirir missões complementares, tudo isso com a ideia de que o faz para apoiar a produtora.
Ou seja, um game nesse modelo de negócio é tão duradouro quanto o interesse de sua base de jogadores.
Vantagens e desvantagens do Game as a Service
Com a enorme variedade de opções para quem quer curtir uma jogatina em consoles e PCs, não é fácil para uma obra se destacar. O mesmo ocorre com o GaaS, forçando as companhias a planejarem muito bem o marketing de suas obras.
As vantagens desse modelo de negócio para os fãs são:
- Longevidade: caso os usuários abracem o título, ele pode durar por anos, adicionando cada vez mais conteúdo;
- Comunidade: Títulos de Game as a Service têm a tendência a desenvolver uma comunidade apaixonada e envolvida;
- Renovação: Por causa de sua longa duração, essas obras se renovam frequentemente, seja por meio de adições de conteúdo ou atualizações e balanceamentos.
Por outro lado, há pontos que merecem atenção. Algumas das desvantagens são:
- Problemas no lançamento: Vários games chegam às lojas incompletos, muitas vezes com bugs e afins. Acaba levando tempo até as empresas consertarem tudo;
- Necessidade de apoio: Os jogos do modelo Game as a Service necessitam do apoio massivo de usuários, ou seja, caso poucas pessoas se interessarem, é provável que a obra seja descontinuada (vide Anthem);
- Monetização agressiva: Free-to-play ou não, é fato de que as empresas empurram fortemente a pessoa a gastar dinheiro com o GaaS. Pode ser através de pacotes como em Star Wars: Battlefront 2, mais recursos para garantir vitórias como em Clash of Clans, etc. De qualquer forma, há sempre um novo motivo para fazê-lo abrir a carteira ou mandar aquele Pix;
- FOMO: Conhecido como “Fear of Missing Out” (ou “Medo de ficar de fora”), é uma maneira que as companhias acharam para manipular seus jogadores a gastarem mais dinheiro. Assim, as empresas criam uma limitação temporária para adquirir conteúdo nos games, fazendo com que os usuários realizem compras para não ficar de fora da brincadeira.
Conheça alguns jogos que usam esse modelo
Você já deve conhecer certos títulos de GaaS. Mesmo assim, separei uma lista com alguns nomes:
- Path of Exile;
- Knockout City;
- Tom Clancy’s Rainbow Six Extraction;
- Warframe;
- Call of Duty: Warzone;
- League of Legends;
- Fortnite;
- Final Fantasy XIV: A Realm Reborn;
- World of Warcraft;
- Brawlhalla.
Qual o seu Game as a Service favorito? Acha que esse modelo de negócio é válido? Conta pra gente a sua opinião!
Com informações: HP.