O que é um Game as a Service, também conhecido como Gaas?

Também conhecido como "Live Service", esse termo é altamente popular entre as empresas de jogos; Saiba o que é Game as a Service

Ricardo Syozi
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• Atualizado há 1 ano
Knockout City é um exemplo de GaaS (Imagem: Divulgação)

Com o absurdo aumento nos custos de produção de jogos, as empresas focaram suas buscas para ampliar seus lucros ainda mais. Uma dessas alternativas tem o nome de “Game as a Service” (ou GaaS), uma prática cada vez mais comum nessa indústria. Venha comigo para conhecer mais sobre o termo, suas vantagens, desvantagens e exemplos.

Quando usamos a nomenclatura “Game as a Service” para descrever um jogo, estamos nos referindo a um modelo de negócio. O lucro ainda é o principal objetivo, mas é um pouco diferente de um lançamento padrão.

Nesse caso, não basta apenas colocar o título nas lojas e aguardar suas vendas, as intenções são de segurar os jogadores por muito mais tempo oferecendo novos conteúdos e criando um fluxo de pagamento periódico.

Há obras que são gratuitas para jogar, mas que oferecem extras como cosméticos ou pedaços de campanhas. Outras custam o valor de um jogo completo (entre U$ 59,90 e 69,90), mas também criam motivos adicionais para que o usuário continue gastando.

Sendo assim, a empresa mantém sua finalidade de segurar a atenção dos jogadores pelo máximo de tempo possível.

Mas como as empresas lucram?

Por manter o game ativo por muitos anos, tudo o que as companhias precisam fazer é direcionar os recursos de produção de jogos para criar novidades. As principais formas de recebimento monetário são:

  • Microtransações: Comprar uma peça de roupa para o personagem, skin para uma arma ou qualquer coisa com preços menores entram nessa categoria;
  • Season Pass (ou Passe de Batalha/Temporada): O jogador adquire um ingresso para participar ativamente de uma temporada, podendo ganhar itens exclusivos para seu avatar durante o processo;
  • Assinaturas: Mais popular nos MMO (Massive Multiplayer Online), esse modelo pede para que o usuário pague um valor mensal para usar todos os recursos disponíveis.

A parte mais inteligente do Game as a Service é a sensação boa que ele traz ao dizer que não há necessidade de gastar dinheiro a mais com o jogo, pois quase sempre a base padrão é o suficiente para divertir.

Assim, as pessoas acabam abrindo suas carteiras para se destacar visualmente com seus personagens ou para adquirir missões complementares, tudo isso com a ideia de que o faz para apoiar a produtora.

Ou seja, um game nesse modelo de negócio é tão duradouro quanto o interesse de sua base de jogadores.

Vantagens e desvantagens do Game as a Service

Com a enorme variedade de opções para quem quer curtir uma jogatina em consoles e PCs, não é fácil para uma obra se destacar. O mesmo ocorre com o GaaS, forçando as companhias a planejarem muito bem o marketing de suas obras.

As vantagens desse modelo de negócio para os fãs são:

  • Longevidade: caso os usuários abracem o título, ele pode durar por anos, adicionando cada vez mais conteúdo;
  • Comunidade: Títulos de Game as a Service têm a tendência a desenvolver uma comunidade apaixonada e envolvida;
  • Renovação: Por causa de sua longa duração, essas obras se renovam frequentemente, seja por meio de adições de conteúdo ou atualizações e balanceamentos.

Por outro lado, há pontos que merecem atenção. Algumas das desvantagens são:

  • Problemas no lançamento: Vários games chegam às lojas incompletos, muitas vezes com bugs e afins. Acaba levando tempo até as empresas consertarem tudo;
  • Necessidade de apoio: Os jogos do modelo Game as a Service necessitam do apoio massivo de usuários, ou seja, caso poucas pessoas se interessarem, é provável que a obra seja descontinuada (vide Anthem);
  • Monetização agressiva: Free-to-play ou não, é fato de que as empresas empurram fortemente a pessoa a gastar dinheiro com o GaaS. Pode ser através de pacotes como em Star Wars: Battlefront 2, mais recursos para garantir vitórias como em Clash of Clans, etc. De qualquer forma, há sempre um novo motivo para fazê-lo abrir a carteira ou mandar aquele Pix;
  • FOMO: Conhecido como “Fear of Missing Out” (ou “Medo de ficar de fora”), é uma maneira que as companhias acharam para manipular seus jogadores a gastarem mais dinheiro. Assim, as empresas criam uma limitação temporária para adquirir conteúdo nos games, fazendo com que os usuários realizem compras para não ficar de fora da brincadeira.
Fortnite
O Passe de Batalha de Fortnite (Imagem: Divulgação)

Conheça alguns jogos que usam esse modelo

Você já deve conhecer certos títulos de GaaS. Mesmo assim, separei uma lista com alguns nomes:

  • Path of Exile;
  • Knockout City;
  • Tom Clancy’s Rainbow Six Extraction;
  • Warframe;
  • Call of Duty: Warzone;
  • League of Legends;
  • Fortnite;
  • Final Fantasy XIV: A Realm Reborn;
  • World of Warcraft;
  • Brawlhalla.

Qual o seu Game as a Service favorito? Acha que esse modelo de negócio é válido? Conta pra gente a sua opinião!

Com informações: HP.

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Ricardo Syozi

Ricardo Syozi

Ex-autor

Ricardo Syozi é jornalista apaixonado por tecnologia e especializado em games atuais e retrôs. Já escreveu para veículos como Nintendo World, WarpZone, MSN Jogos, Editora Europa e VGDB. No Tecnoblog, autor entre 2021 e 2023. Possui ampla experiência na cobertura de eventos, entrevistas, análises e produção de conteúdos no geral.

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