Dell Inspiron 15 5000 2 em 1: um ótimo intermediário

Jean Prado
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• Atualizado há 11 meses

Existem várias opções para quem quer comprar um notebook intermediário – ainda mais na categoria 2 em 1. O Inspiron 15 5000 é uma delas: a tela touch de 15,6 plegadas vira completamente para deixar o notebook na posição que você preferir. De quebra, ele tem 8 GB de RAM e modelos com i5 e i7 da 7ª geração, começando em R$ 3.400.

Vale a pena? Segura que eu te conto.

Design e acabamento

O Inspiron é todo prateado e bem acabado. Ele tem uma pegada bacana e não escorrega nas mãos, o que é importante para um notebook que também vira tablet. A carcaça tende a ficar com algumas marcas de dedos, mas elas não são tão perceptíveis, então não me incomodei muito.

Ele não é muito pesado nem muito grosso – considero 2 kg e 20 mm de espessura aceitáveis para um notebook 2 em 1. Não é difícil carregar o Inspiron por aí, e usá-lo como tablet é até confortável. Gosto dessa premissa de que a tela vira totalmente – e não para só em uma posição. Dessa forma, você tem mais liberdade em usar o Inspiron como quiser.

Veja alguns modos abaixo, como apoiar o teclado na mesa, deixar o notebook em V (modo tenda) ou usar o modo tablet gigante mesmo:

Para favorecer o modo tablet, há um botão liga/desliga na lateral, ao lado do botão de volume. Só senti falta da caneta que o antigo Inspiron 13 7000 tinha; embora ela não fosse tão completa, dava para aproveitar melhor o touch. Não custava inclui-la ao lado das outras portas.

Ainda nas laterais, o notebook tem um leitor de cartão SD, duas portas USB 3.0, uma USB 2.0, entrada HDMI e também para fones de ouvido.

Hardware e tela

No geral, o hardware não deixa a desejar, como é padrão da Dell. O teclado conta com retroiluminação branca e as teclas são suaves e confortáveis, assim como o touchpad. Só senti falta de um teclado numérico, que é bem comum em notebooks de 15 polegadas. Na boa, tinha espaço ali!

A parte mais fraca aqui são os alto-falantes, que ficam localizados na parte de baixo do Inspiron. Isso acaba deixando o som abafado tanto na mesa quanto no colo. Além de não ter um som muito alto, o áudio tende a ficar estourado com o volume no máximo, o que incomoda até quem não é muito exigente com som.

Já a tela de 15,6 polegadas é satisfatória. Ela tem uma resolução padrão de 1920×1080 pixels, cores vibrantes, ótima saturação e um brilho muito forte. O display não reflete muito e pode ser usado tranquilamente em ambientes com muita luz. Dá para enxergar numa boa mesmo com o sol batendo direto na tela.

Quem pretende usar bem o modo tablet não vai se decepcionar. O touch é excelente e sensível na medida certa – você não precisa tocar mais de uma vez na tela para o dedo ser reconhecido. Trabalhar com o Inspiron em várias posições foi bem fácil e digitar no teclado virtual é tranquilo, porém menos produtivo.

A webcam tem resolução 720p, mas capta bastante ruído. Seu maior atrativo fica ao lado: o sensor de infravermelho, que serve para dar suporte ao Windows Hello. Assim, você consegue desbloquear o tablet com o seu rosto, o que dá uma maior utilidade para a câmera.

Não é difícil passar pelo processo de configuração. Inicialmente, o reconhecimento se mostrou muito bom, desbloqueando de maneira ágil e reconhecendo meu rosto rapidamente, mas com o tempo ele começou a demorar mais ou falhar bastante. A própria ferramenta recomenda configurar o seu rosto mais de uma vez.

Desempenho

Como todo notebook que combina um processador i7 com um HD de 5400 RPM, o desempenho foi inconsistente. No uso diário, o Chrome chegou a travar e os aplicativos normalmente demoram para abrir. O Windows demora para inicializar e a tela de login por vezes atrasava na hora de abrir o meu usuário.

Em contrapartida, no uso pesado, não encontrei tantos problemas. Consegui até editar vídeos e mexer no Chrome com várias abas abertas sem engasgos. Fora a baixa velocidade do HD, o desempenho em geral ficou completamente dentro do esperado para um notebook que também tem 8 GB de RAM.

A boa notícia é que você pode colocar um SSD no lugar do HD por conta própria. Confirmei a informação com Raquel Martins Braga, gerente de marketing da Dell no Brasil. Segundo ela, o Inspiron e seus componentes continuam na garantia, exceto, claro, o novo componente instalado e a possíveis danos causados pela instalação ou funcionamento do SSD.

Outro problema que eu tive durante o uso normal foi perceber como esse Inspiron aquece, principalmente quando ele está plugado na tomada. Esse notebook é um intermediário, mas esquenta no nível de um notebook gamer. Devo admitir que o local onde a saída de ar foi colocada também não ajuda muito; em alguns modos de uso é bem incômodo ter aquele jato de ar quente saindo no seu corpo.

Bateria

Normalmente, a bateria aguenta de 3 a 4 horas de uso – não, Dell, ela não dura nove horas. É uma autonomia mediana para quem só navegou pelo Chrome, com Telegram, Spotify, Slack e Twitter abertos (talvez com o Edge a duração aumente um pouco mais). Se você vai passar o dia todo fora, lembre-se de levar o carregador; a bateria aguenta somente meio período.

Conclusão

No geral, o Inspiron oferece um ótimo conjunto. Seu acabamento é sofisticado e todos os quatro modos de uso são úteis e funcionais e não deixam a desejar. Só não gostei muito da localização dos alto-falantes e da saída de ar.

Para essa faixa de preço, ele tem o básico para um notebook intermediário (que pode faltar em concorrentes): bom acabamento, tela com resolução 1080p e teclado retroiluminado. O desempenho é razoável; sei que incluir um SSD custa mais caro, mas seria interessante ter esse poder de escolha na compra, nem que fosse no modelo mais completo.

Se você já descobriu a mágica dos SSDs e não precisa de uma tela grande, também vale considerar o Inspiron 13 5000 2 em 1; é basicamente o notebook deste review só que com 13 polegadas. Você só vai gastar um pouco mais: a versão com armazenamento flash sai por cerca de R$ 4.200 (o modelo do Inspiron 15 5000 que testamos custa R$ 3.800).

Caso precise da tela maior e um SSD, vale optar pelo Inspiron 15 7000, que tem 15 polegadas, placa de vídeo dedicada e um modelo com armazenamento flash de 128 GB, HD de 1 TB e 16 GB de RAM por R$ 4.500 – ele só não é touch nem 2 em 1.

De qualquer forma, o preço do Inspiron 15 5000 não fica tão longe de notebooks que não têm touch nem viram tablet, então mesmo se você acabar não tocando muito na tela não deve se arrepender. Em comparação aos concorrentes, o Inspiron tem hardware melhor em quase todos os aspectos. É uma compra certa se você pretende incluir um SSD; caso contrário, eu recomendaria o modelo de 13″.

Especificações técnicas

  • Armazenamento: 1 TB (5400 RPM);
  • Bateria: 42 Wh (3 células);
  • Conectividade: Dell Wireless 802.11ac , banda dupla (2,4 GHz/5 GHz, 2×2);
  • Dimensões: 253 x 381 x 20 mm;
  • Memória RAM: 8 GB DDR4 de 2.400 MHz;
  • Peso: 2,08 kg;
  • Placa de vídeo: Intel HD Graphics 620;
  • Processador: Intel dual-core i5-7200U 2,5 GHz a 3,1 GHz ou dual-core i7-7500U 2,7 GHz a 3,5 GHz (modelo testado);
  • Teclado: ABNT, padrão brasileiro;
  • Tela: LED retroiluminada de 15,6 polegadas;
  • Resolução: 1920×1080 pixels;
  • Sistema: Windows 10 Home Single Language (64-bits);
  • (» Mais informações)

Dell Inspiron 15 5000 2 em 1

Prós

  • Bem acabado, leve e fácil de carregar
  • Teclado retroiluminado
  • Webcam com infravermelho suporta Windows Hello
  • Tela com boa definição e cores equilibradas

Contras

  • Esquenta bastante (principalmente durante o carregamento)
  • Alto-falante com som estourado
  • Não dá para perdoar a falta de opção com SSD
Nota Final 8.2
Bateria
7
Desempenho
7
Design
8
Software
9
Teclado
9
Tela
9

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Jean Prado

Jean Prado

Ex-autor

Jean Prado é jornalista de tecnologia e conta com certificados nas áreas de Ciência de Dados, Python e Ciências Políticas. É especialista em análise e visualização de dados, e foi autor do Tecnoblog entre 2015 e 2018. Atualmente integra a equipe do Greenpeace Brasil.

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