Review Philips Hue Play: barras de LED divertidas, mas para poucos

Philips Hue Play são barras de LED que podem ser sincronizada com músicas, filmes e jogos, mas empresa cobra caro pelo gadget

Darlan Helder
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• Atualizado há 3 meses
Philips Hue Play (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Philips Hue Play (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

De olho no público gamer e naquele consumidor que busca aprimorar o entretenimento em casa, a Philips enfim trouxe as barras de LED Philips Hue Play para o Brasil. Lançadas lá fora há três anos, elas chegam ao mercado nacional este ano com 16 milhões de cores, diversos modos de configuração, tecnologia Zigbee e preço alto: o kit com duas unidades é vendido no país por R$ 1.149.

O ponto alto deste produto é a integração com telas, que faz as barras mudarem de cor de acordo com o conteúdo que é exibido na TV, por exemplo. Além disso, os gadgets podem ser sincronizados com músicas. Eu passei alguns dias com a Philips Hue Play e compartilho as minhas impressões sobre o produto neste review.

Análise da Philips Hue Play em vídeo

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A Philips Hue Play foi fornecida pela Signify por empréstimo e será devolvida à empresa após os testes. Para mais informações, acesse tecnoblog.net/etica.

O que é legal?

Philips Hue Play (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Philips Hue Play (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Começando pelos pontos fortes da Philips Hue Play, eu destaco a iluminação e os modos disponíveis no aplicativo. Antes, é bom reforçar que elas não necessariamente foram desenvolvidas para iluminar ambientes como salas e quartos. Portanto, o dispositivo visa criar uma experiência decorativa no ambiente e, até por isso, a marca envia alguns acessórios que permitem fixar as barras em pontos estratégicos, como na traseira da TV ou nas laterais de um móvel.

Philips Hue Play (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Philips Hue Play (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Philips Hue Play (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Philips Hue Play (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

A Philips fez um bom trabalho e, quando combinadas, elas são capazes de personalizar o local, criando um verdadeiro show de luzes na parede. De acordo com a fabricante, as barras têm 16 milhões de cores e podem atingir vários níveis de branco, de 2.000 a 6.500 K, ou seja, são os mesmos números da lâmpada Hue, enquanto o fluxo luminoso é de 530 lúmens. Elas são de LED com 6,6 watts de potência cada e também são bivolt. No desempenho, os brancos disponíveis até são fortes, mas não vão iluminar eficientemente todo o cômodo.

Com relação ao colorido, eu gostei bastante da performance e uma barra já suficiente para deixar o local personalizado — é evidente que, com duas, a experiência fica ainda melhor. No app Hue, a empresa fornece vários modos de configuração que favorecem a experiência de uso. Há diversos presets para cada momento: luz noturna, para leitura, concentração e outros inspirados em locais, a exemplo do modo Tóquio, que deixa as luzes em azul e rosa; e o Ibiza que fica entre laranja e amarelo.

Philips Hue Play (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Philips Hue Play (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Eu ainda parabenizo a Philips por separar as paletas no aplicativo Hue e criar dois menus para você controlar as opções frias e coloridas, deixando todo o sistema organizado e intuitivo. Aliás, o aplicativo é um ponto de destaque por permitir automação, tem integração com assistentes virtuais (Google Assistente, Alexa e Siri) e suporte ao HomeKit.

Philips Hue Play (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Philips Hue Play (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Hue Sync  (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Hue Sync (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

E como a estratégia é atender ao público gamer e que busca aprimorar o entretenimento, o usuário pode instalar o Hue Sync no computador (para Windows ou Mac) e fazer com que a Philips Hue Play interaja com conteúdos exibidos na tela ou com músicas. De fato, o recurso é bem legal e o software dedicado funcionou muito bem durante os meus testes com filmes, jogos e com reprodução de músicas a partir do notebook.

O que não é legal?

Philips Hue Play (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Philips Hue Play (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Falemos agora sobre o que não é legal. Ainda sobre a integração com telas, o consumidor vai se deparar com um problema. A Philips Hue Play não pode ser conectada diretamente na TV nem no console. As alterações de cor sincronizadas ao conteúdo da tela são realizadas pelo Hue Sync e, nesse caso, você precisa espelhar o conteúdo do computador na TV para ter essa interação. É uma pena, pois esse bloqueio limita bastante a experiência de uso. Além do espelhamento, eu também consegui fazer com que essa comunicação ocorresse por cabo HDMI e, nas duas opções, eu não presenciei um delay tão grande.

Hue Bridge (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Hue Bridge (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Temos outro fator limitante. Para funcionar, a Hue Play é cem por cento dependente da Hue Bridge. Eu vejo isso como um grande problema porque: 1) o dispositivo de integração não é enviado junto das lâmpadas; 2) eles pedem cerca de R$ 500 pelo equipamento. No fim das contas, você vai gastar mais de R$ 1.600 nesse kit analisado pelo Tecnoblog, caso não tenha a Bridge em casa.

Eu acho esse sistema bem complicado, pois, obrigatoriamente, preciso da Bridge e do aplicativo para conseguir usar as barras. Outra coisa que me incomoda são os LEDs do mesmo dispositivo que ficam ligados o tempo todo e poderiam ser desligados, ainda mais agora que o país vive uma escassez hídrica.

Philips Hue Play: vale a pena?

Philips Hue Play (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Philips Hue Play (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

As barras de LED Philips Hue Play são bons dispositivos, que fazem um ótimo trabalho e apresentam poucas limitações. No entanto, estamos falando de um produto muito restrito devido ao preço e exige investimento alto para uma usabilidade mais completa. Elas são vendidas no Brasil em três configurações: a barra individual sai por R$ 749; o kit com duas, que nós analisamos, sai por R$ 1.149; também há a extensão para quem já tem uma ou duas Philips Hue Play que sai por R$ 549. E adicione nessa conta a Hue Bridge, caso não tenha.

Philips Hue Play (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Philips Hue Play (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Apesar do custo alto e de ser dependente de outro equipamento cujo preço é elevado, a Philips cumpre o combinado quando analisamos o desempenho. Durante as semanas em que o Tecnoblog passou com o produto, eu não notei nenhum problema grave: a instalação é relativamente fácil, a integração com o aplicativo é decente e os equipamentos conseguem personalizar o ambiente muito bem.

Seja para decorar o setup gamer ou produtividade, a parede da TV ou simplesmente outro espaço da casa, a Philips Hue Play é um “brinquedo” muito interessante e divertido. Mas se em outros mercados o preço tende a afastar alguns consumidores, imagina no Brasil, não é? E a Hue Bridge, na minha opinião, é outra pedra no caminho. Hoje eu não teria coragem de gastar quase R$ 2 mil num kit como esse, mas quem sabe quando a Philips lançar uma versão mais acessível com Bluetooth?

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Darlan Helder

Ex-autor

Darlan Helder é jornalista e escreve sobre tecnologia desde 2019. Já analisou mais de 200 produtos, de smartphones e TVs a fones de ouvido e lâmpadas inteligentes. Também cobriu eventos de gigantes do setor, como Apple, Samsung, Motorola, LG, Xiaomi, Google, MediaTek, dentre outras. No Tecnoblog, foi autor entre 2020 e 2022. Ganhou menção honrosa no 15º Prêmio SAE de Jornalismo 2021 com a reportagem "Onde estão os carros autônomos que nos prometeram?", publicada no Tecnoblog. 

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