Preview: Rainbow Six Extraction, extermine parasitas entre amigos

Testamos o novo spin off da série R6 que traz um jogo de tiro tático com humanos vs monstros e é bem divertido em equipe

Vivi Werneck
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• Atualizado há 11 meses
Rainbow Six Extraction (Imagem: Divulgação/Ubisoft)

A franquia Rainbow Six, da Ubisoft, ganhou um novo capítulo com a chegada de R6 Extraction, no dia 20 de janeiro. Os agentes agora precisam conter o parasita Chimera que está se espalhando rapidamente pelos Estados Unidos. Com gameplay solo ou cooperativo, Rainbow Six Extraction adapta a fórmula já conhecida de humanos vs monstros para seu próprio universo. O Tecnoblog jogou uma prévia do game por quatro horas e você lê as primeiras impressões, a seguir.

Parasita alienígena e áreas de contenção

O pano de fundo da história de Extraction mostra as consequências do retorno de um parasita conhecido como Chimera, responsável por uma epidemia no Novo México, e que agora está ainda mais mortal e se espalhando rapidamente pelos EUA. 

Uma nova organização especializada foi criada para estudar esta ameaça e se preparar para futuros ataques. Assim nasceu a REACT (Equipe Rainbow de Análise e Contenção Exógena). 

Você é justamente um desses agentes e tem a “suave” missão de entrar nas zonas de contenção para coletar amostras e outras informações do inimigo e, de quebra, eliminar ou capturar criaturas letais conhecidas como Archæans, que foram originadas a partir do parasita.

Alguns rostos conhecidos de Rainbow Six retornam e se você já tem alguma experiência com R6 Siege, isso pode te ajudar muito para usar equipamento e até em algumas estratégias. Mas não é preciso ter jogador Siege para encarar Extraction.

Gameplay familiar e muito melhor em equipe

Rainbow Six Extraction (Imagem: Divulgação/Ubisoft)

Uma das primeiras sensações que tive jogando pelas quatro zonas de contenção (com três regiões diferentes em cada uma) disponíveis na demo, foi a de que estava testando mais uma versão melhorada de Left 4 Dead, o jogo que popularizou o estilo de gameplay com um pequeno grupo humanos vs monstruosidades. 

No entanto, ao contrário do recém chegado Back 4 Blood, que é uma homenagem escancarada ao legado de L4D (só que mais elaborado e com um sistema de card building), Rainbow Six Extraction utiliza o contexto humanos vs monstros, mas incorpora seu próprio estilo tático de jogo de tiro, modos de jogo e variedade de mapas. Na versão final do game, serão oferecidas 12 zonas de contenção (em princípio).

Em relação aos modos de jogo, é possível jogar completamente solo (sem bots te ajudando, como em Left 4 Dead) ou em cooperação com mais dois jogadores. Durante os testes, a primeira parte foi jogada em modo single player e funciona como um tutorial para se familiarizar com os controles e os objetivos. 

Jogar em modo solo é legal, mas fica um pouco monótono com o tempo. No entanto, onde Extraction brilha mesmo é no multiplayer, especialmente se você puder conversar com os outros dois membros do seu time e combinar quais agentes levar para a missão. Inclusive, o lado tático começa na preparação da equipe que entrará nas zonas de contenção.

Cada um dos 18 agentes de elite, disponíveis na versão final, têm especialidades e equipamentos únicos – o que dá bastante versatilidade na hora de montar o trio que vai encarar os Archæans.

Há umas pinceladas de RPG nesta parte dos agentes, que contam com um sistema de progressão tanto das habilidades de combate quanto da variedade e capacidade de itens e equipamentos para carregar. Claro que, para isso, é necessário que você seja bem sucedido nas missões.

R6 Extraction também te instiga, apesar de não ser tão severo, a calcular bem seus tiros e não desperdiçar munição. Aliado a isso, cada agente tem sua habilidade de combate especial, que também pode ser recarregada. Ah e cuidado onde pisa: vez ou outra, você notará gosmas pretas pelo chão que podem apenas reduzir o seu movimento ou causar dano também. É preciso limpar essas áreas para prosseguir com um pouco mais de segurança.

Missões aleatórias e a ameaça dos Archæans

Cada missão, ou incursão, em R6 Extraction contém três objetivos principais (em cada uma das três etapas) que se conectam entre si. O grau de dificuldade para completar esses objetivos aumenta conforme você e seu time avançam para o próximo. 

O interessante de cada incursão, na zona de contenção escolhida, é que não necessariamente seu time precisa terminar todas as três etapas para solicitar o resgate, ou seja, a extração daquela área. Se você sentir que está com a vida por um fio, quase sem munição e seus outros amigos já foram abatidos, às vezes, é melhor recuar do que continuar. No entanto, quanto mais avançar e concluir objetivos, melhores serão as recompensas.

Os desafios que são necessários completar em cada uma das três etapas de cada missão, são gerados aleatoriamente e os jogadores ficam sabendo quais serão no momento de preparação da equipe. Isso é ótimo, pois de acordo com o objetivo a ser alçado, é possível combinar os melhores agentes para cada incursão.

Durante o preview, alguns desses desafios variaram entre capturar algum espécime para ser estudado, abater um inimigo mais forte em específico, proteger áreas de ataques até uma dada pesquisa ser concluída, resgatar agentes caídos e etc. Com o tempo, esses objetivos começaram a se repetir demais e espero que na versão final exista mais variedade, até para não cansar rápido mesmo no multiplayer.

Rainbow Six Extraction (Imagem: Divulgação/Ubisoft)

Um detalhe interessante sobre essas missões é algo que até já foi mostrado em vídeos de gameplay: o resgate de agentes caídos. Se alguém do seu time é derrubado pela segunda vez, uma espécie de espuma alaranjada envolve o corpo deste agente e, ao endurecer, cria um casulo de proteção. Durante os testes, apelidamos esse fenômeno de “Efeito Cheetos”, pois o personagem fica mesmo parecendo um grande Cheetos bolinha. É engraçado. 

Os agentes, já em modo Cheetos, não podem mais ser levantados naquele momento, mas aparecerá um objetivo específico, dentro de alguma incursão, para resgatar esse personagem caído. Vale destacar que agentes machucados, durante uma missão, ou mesmo abatidos podem ficar indisponíveis para uma próxima missão até se recuperarem. Por isso, é importante testar diferentes personagens para sempre ter uma boa segunda (ou terceira, ou quarta) opção a mãos.

Agora falando sobre os mutantes em si, ou os Archæans (que eu preciso copiar e colar essa letra especial sempre que vou escrever essa palavra), o padrão de variedade deles realmente lembra o padrão de Left 4 Dead – salvo algumas novidades. Você irá encontrar desde criaturas mais básicas a mutantes diferenciados, que explodem veneno, que atraem mais mutantes se forem alertados (tipo a Witch, de L4D), que são tanques, e etc.

O destaque aqui, no entanto, vai para o mais desafiador de todos os Archæans: o Proteus. Esta criatura imita alguns aspectos físicos dos agentes e ainda potencializa algumas de suas habilidades de combate. Este foi o mais difícil desafio de todos, ao menos durante o preview. Você e seu time só encaram o Proteus em algum objetivo específico, que é mostrado antes de começar a incursão. Prepare-se para um belo combate, especialmente em dificuldades mais altas.     

Extraction pode dar novo ar à R6

Minha experiência ao longo das quatro horas que testei Extraction foi, no geral, positiva. Tirando o início, que fiz em modo solo para me familiarizar com as mecânicas, todo o restante da jogatina foi em grupo e com todos se comunicando. Bastaram apenas algumas partidas para o time já estar 100% entrosado e combinando agentes e estratégias. 

Rainbow Six Extraction (Imagem: Divulgação/Ubisoft)

A jogabilidade é bem intuitiva e a curva de aprendizado é rápida, especialmente se já tiver familiaridade com shooters. Até mesmo derrotar o Proteus foi um pouco mais “fácil”, dentro do possível, após organizar melhor o inventário e habilidade do time. Mas não se engane, um suspiro errado perto deste mutante e todos vão para chão num piscar de olhos.

Mesmo assim, chegou um momento em que os objetivos começaram a ficar bem repetitivos, mas acredito (e espero) que isso seja por conta da limitação da versão demo testada. Ao meu ver, o game tem potencial de atrair até jogadores que não curtem tanto o estilo do R6 Siege (o meu caso), mas que particularmente gostam jogos de tiro parecidos com Left 4 Dead (o meu caso também).

Inclusive, ouso dizer que só por esta prévia consegui sentir que Extraction me atraiu mais que o próprio Back 4 Blood, que também tem um sistema de objetivos por missões (mesmo que mais escassos), mas ainda carece de um balanceamento melhor de gameplay.

No mais, estou bem intrigada para jogar a versão final e ver se o jogo realmente cumprirá com as boas expectativas deixadas pela demo. Além dos outros mapas, que já estão confirmados, espero de verdade que haja missões diferentes também. Seria uma pena enjoar dele muito rápido.

Rainbow Six Extraction chegará, no dia 20 de janeiro, com dublagem e localização em português do Brasil para as seguintes plataformas: PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series X|S, Google Stadia, Amazon Luna, PC (Ubisoft Connect e Epic Games). O game também estará no Game Pass, no Day One.

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Vivi Werneck

Vivi Werneck

Ex-editora assistente

Vivi Werneck é especialista em games e trabalha no mundo tech há 15 anos. Em 2018, recebeu o Prêmio Comunique-se como melhor jornalista de tecnologia. Já escreveu para revistas de games pioneiras no Brasil, como EDGE, PlayStation Brasil e EGW. Também é veterana em eventos de jogos, como a BGS e E3 (inclusive, presencialmente). No Tecnoblog, foi editora-assistente entre 2018 e 2023.

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