Microsoft perde processo e pode ficar sem a marca SkyDrive na Europa
Normalmente, não é difícil diferenciar serviços distintos que possuem nomes semelhantes, mas parece não ser esta a opinião da justiça britânica: um tribunal do Reino Unido concordou com um processo movido pela operadora de TV por assinatura Sky Broadcasting Group (BSkyB) que acusa a Microsoft de utilizar indevidamente a marca SkyDrive.
No veredito, a juíza Sarah Asplin dá a entender que o uso do termo “sky” por parte da companhia controlada por Steve Ballmer não é apropriado, uma vez que foram apresentadas provas que, a princípio, demonstram que consumidores podem não conseguir diferenciar os serviços das duas empresas. Uma delas é uma captura de imagem que exibe apps da Sky – serviço de TV da BSkyB – e do SkyDrive lado a lado na ferramenta de busca do Xbox:
O que mais pesou a favor da BSkyB é justamente o âmbito digital: a exemplo de outras operadoras de TV, a companhia vem tentando aumentar a sua audiência em meios online com a oferta de aplicativos para plataformas diversas e serviços de streaming, por exemplo. A empresa chegou até mesmo a disponibilizar uma ferramenta similar ao SkyDrive entre 2008 e 2011 de nome Sky Store & Share.
O tribunal decidiu que a Microsoft deverá deixar de usar o nome SkyDrive, não somente no Reino Unido, mas em toda a União Europeia. Isso não quer dizer, no entanto, que a mudança de nome efetivamente acontecerá, pelo menos não de imediato: haverá outra audiência em que a Microsoft deverá apresentar seus recursos; além disso, sempre existe a possibilidade de acordo entre ambos os lados.
O que podemos dar como certo é que a Microsoft não estará disposta a mudar o nome do SkyDrive. É verdade que a empresa já tomou uma decisão do tipo ao, por exemplo, deixar de usar a denominação “Metro” no Windows 8 para evitar problemas legais, mas o SkyDrive possui muito mais relevância e apelo comercial: está cada vez mais integrado aos produtos da companhia e, no último mês de maio, conseguiu ultrapassar a casa dos 250 milhões de usuários – pelo menos é o que a Microsoft diz.
Curiosamente, não é a primeira vez que a BSkyB se envolve em uma disputa de marca com um serviço online: em 2010, a operadora moveu um processo contra o Skype argumentando que não só o nome como também o seu logotipo podiam causar confusão entre os seus clientes. Como se vê, o Skype continua firme e forte, e – como o mundo dá voltas! – hoje pertence justamente à Microsoft.
Com informações: TechCrunch.