Japonês é preso por possuir armas de plástico fabricadas em impressora 3D

Paulo Higa
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• Atualizado há 2 semanas

Pela primeira vez no Japão, um homem de 27 anos foi preso por possuir cinco armas de plástico fabricadas em uma impressora 3D. A polícia havia encontrado em abril as armas na casa do suspeito, Yoshitomo Imura. Foi provado que duas das armas, que mais parecem de brinquedo, são capazes de atirar munições verdadeiras, ferindo ou matando pessoas.

Parecem de brinquedo, mas funcionam de verdade
Parecem de brinquedo, mas funcionam de verdade

Yoshitomo Imura é funcionário do Instituto de Tecnologia de Shonan, localizado ao sul de Tóquio. A polícia japonesa iniciou uma investigação em fevereiro e conseguiu chegar até a casa de Imura após ele ter publicado vídeos na internet mostrando as armas. Em uma das mensagens, ele defendia que “portar armas de fogo é um direto humano básico”.

Além das cinco armas, a polícia japonesa diz ter encontrado uma impressora 3D, que Imura comprou na internet por cerca de 60 mil ienes (algo em torno de 1,3 mil reais). No computador pessoal de Imura, havia ainda manuais de fabricação e modelos de armas de mão, provavelmente baixados da web. No entanto, as autoridades não conseguiram encontrar as munições.

Imura admitiu que produziu as armas, mas afirmou que não sabia que isso era ilegal.

Armas de fogo produzidas por impressoras 3D não são novidade: há um ano, uma organização sem fins lucrativos chamada Defense Distributed, que defende o direito de qualquer pessoa produzir armas em casa, apresentou a Liberator. Como a arma era feita de plástico ABS e tinha apenas uma parte minúscula de metal, a Liberator poderia passar despercebida por detectores.

Leia maisImpressoras 3D: revolucionando para o bem ou para o mal?

Com informações: BBCThe Japan Times.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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