Como funciona uma impressora 3D
Tecnologia permite criar um objeto físico a partir de um modelo digital
Uma impressora 3D é uma máquina totalmente diferente das que temos em casa ou no escritório e que imprimem em papel — como as impressoras matriciais, a laser ou com jatos de tinta. A impressão 3D é uma tecnologia inovadora e que permite criar um objeto físico com rapidez e precisão a partir de um modelo digital no computador.
Criado esse modelo tridimensional, basta enviá-lo ao software da impressora 3D, definindo dimensões e detalhes de texturas. O desenho em 3D desse objeto será fatiado em várias camadas de impressão e produzido uma a uma até que se forme por completo. Em geral, as impressoras 3D trabalham como um injetor de matéria quente (um filamento plástico) ou emissão de luzes sobre um material moldável. As aplicações mais comuns são fusão a laser, fundição a vácuo e moldagem por injeção.
Tecnologia de fabricação aditiva
As impressoras 3D imprimem, ou melhor, materializam objetos em três dimensões. Criam formas a partir de um modelo — feito em softwares de CAD (Computer Aided Design) como AutoCAD ou Sketchup. Conhecida também como prototipagem rápida, essa tecnologia revolucionou a indústria. Antes dela, para se produzir um protótipo, era preciso modelar uma peça manualmente para então criar uma matriz de produção.
Na prática, a impressão 3D é uma forma de tecnologia de fabricação aditiva em que um modelo tridimensional de um objeto é criado por sucessivas camadas de material sobrepostas, ordenadas de acordo com a programação de um software de impressão.
Quando surgiram as impressoras 3D?
A tecnologia não é exatamente uma novidade e foi desenvolvida na década de 80 para atender a demanda de prototipagem rápida. Hoje as impressoras 3D se tornaram até certo ponto populares e você pode criar qualquer coisa que puder desenhar em 3D.
Chuck Hull, um engenheiro da Califórnia, é apontado como o pai da impressão 3D. Em 1984, utilizando a estereolitografia, criou o que viria a ser a sua primeira versão. Basicamente, trata-se de uma impressora a laser de alta precisão para endurecer resinas sensíveis a luz. Técnicas usadas na indústria, longe do usuário doméstico.
Depois de patentear a invenção em 1986, Hull montou a fabricante de impressoras 3D Systems — ainda hoje referência no setor. Seu primeiro produto comercial foi lançado em 1988 e tornou-se um sucesso entre os fabricantes de automóveis, do setor aeroespacial e também entre as empresas que projetam equipamentos médicos.
Tipos de impressora 3D
Muitas pessoas aperfeiçoaram a proposta e deram origem a diferentes tipos de impressoras 3D, que usam outras tecnologias, para a indústria e uso doméstico.
- Extrusão – FDM (Fused Deposition Modeling) – É o método mais comum. Funciona a partir de um extrusor que libera camadas de um material plástico aquecido/derretido como ABS, PLA e PETG. É barata e muito popular.
- Estereolitografia – SLA – Basicamente, é uma impressora a laser de precisão que endurece um tipo de resina que é sensível a luz. Geram objetos físicos que precisam de algum acabamento.
- Por Luz – O termo DLP (de direct light processing), “impressão direta por luz” é um tipo de impressora similar às estereolitográficas. Usa uma fonte (que não é laser) de luz para enrijecer material.
- Síntese a laser – Essas usam uma cabeça de impressão a laser para enrijecer material de impressão em pó, numa câmera vedada (vácuo) com temperatura alta e constante para garantir perfeição.
- Sintetização Seletiva – SLS – As impressoras do tipo Selective Laser Sintering (SLS) usam lasers muito potentes para criar formas em materiais de vidro, cerâmica, nylon e metais com alto consumo de energia.
Outros tipos de tecnologia de impressão 3D aparecem a todo momento. A maioria, entretanto, ainda é muito experimental mas já podem imprimir até tecido humano.