MIT encontra mais uma utilidade para os drones: assistente fotográfico
Não é necessário ser fotógrafo profissional para saber que a iluminação é um dos aspectos que mais influenciam na qualidade de uma foto. Esta constatação descreve um desafio, já que, não raramente, encontrar a intensidade ideal exige muitos ajustes e tentativas. Para ajudar nestas situações, uma turma de pesquisadores do MIT criou um “assistente fotográfico” deveras inusitado: um drone…
O uso destas aeronaves para registro de vídeos e fotos, sobretudo em tomadas aéreas, tornou-se comum. Mas o drone do MIT, que foi feito em parceria com a Universidade de Cornell, deixa este trabalho para quem entende do assunto. A sua função é sobrevoar o assunto a ser fotografado para prover a iluminação mais adequada.
Cabe ao fotógrafo indicar parâmetros como ângulo e níveis de iluminação desejados. Na sequência, o drone recebe estas informações e então se coloca à distância mais adequada para direcionar a fonte luminosa que o equipa, assim como na posição indicada – mais à esquerda, um pouco acima do assunto e assim por diante.
As instruções são repassadas ao drone a partir de um computador, mas também é possível fazê-lo se posicionar de maneira automática: se o fotógrafo se mover para um lado, a pequena aeronave pode fazer o mesmo sozinha para compensar uma perda de iluminação consequente ou o surgimento de uma sombra indesejada.
Manohar Srikanth, um dos pesquisadores por trás do projeto, explica que, para este fim, a máquina fotográfica envia ao computador imagens para serem analisadas pelo software de controle. Neste procedimento, os algoritmos verificam se a iluminação está dentro dos parâmetros estabelecidos e então corrigem o posicionamento do drone imediatamente, se necessário.
Todo o processo é bastante rápido, uma vez que a câmera pode ser ajustada para enviar cerca de 20 fotos por segundo ao computador. Assim, o fotógrafo tem liberdade para mudar sua posição tantas vezes quantas forem necessárias sem ter que parar para corrigir os focos de luz.
O projeto já é funcional, tanto é que, em um simpósio que irá ocorrer no mês que vem, um protótipo fará uma demonstração de “iluminação de borda”, um efeito difícil de ser criado onde apenas o contorno do assunto deve ser fortemente iluminado.
As etapas futuras poderão ser ainda mais audaciosas: os pesquisadores vislumbram a possibilidade de utilizar não um, mas vários drones para criar efeitos de iluminação tão complexos que, pelas vias tradicionais, exigiriam uma equipe relativamente grande de assistentes.
Com informações: TechCrunch