Criadores do LED azul ganham o Prêmio Nobel de Física de 2014
A Real Academia Sueca de Ciências divulgou, nesta terça-feira (7), os vencedores do Nobel de Física de 2014. O prêmio foi concedido aos pesquisadores japoneses Isamu Akasaki, Hiroshi Amano e Shuji Nakamura em reconhecimento à criação de uma tecnologia que já faz parte do nosso dia a dia: o LED azul.
O LED (Light Emitting Diode) surgiu nos anos 1960, mas o seu uso se intensificou nas últimas duas décadas. Se você observar o interior de sua casa, por exemplo, verá que vários aparelhos possuem estes diodos: TVs, modems, forno de micro-ondas, entre outros. Perceba, no entanto, que quase todos contam com LED vermelho ou verde.
Em meados de 1990, Akasaki, Amano e Nakamura tiveram sucesso no uso de nitreto de gálio para a criação de um tipo LED que emite luz azul. Este era um feito bastante esperado porque, com aprimoramentos (aplicação de uma camada de fósforo, por exemplo) ou em combinação com LEDs de outras cores, o novo diodo possibilitaria a geração de luz branca.
Graças ao aperfeiçoamento da tecnologia, LEDs já são amplamente utilizados em painéis de TVs e monitores, por exemplo. Mas o efeito mais visível está, de fato, na viabilização de lâmpadas de LED emissoras de luz branca.
De modo geral, lâmpadas do tipo são vantajosas por três razões: iluminam mais, têm maior durabilidade e, principalmente, gastam menos energia quando comparadas às lâmpadas incandescentes e fluorescentes.
É verdade que lâmpadas de LED também são mais caras, mas o maior tempo de vida útil e a economia de energia proporcionada tendem a compensar o preço mais elevado. Além disso, com a popularização do produto, dá para esperar por valores um pouco mais convidativos nos próximos anos.
Não há dúvidas de que o trio mereceu a premiação. A Real Academia Sueca de Ciências vê até um contexto social na invenção: “a lâmpada de LED é uma grande promessa para o aumento da qualidade de vida de mais de 1,5 bilhão de pessoas ao redor do mundo que não têm acesso às redes de eletricidade – graças ao baixo consumo, pode-se alimentá-la com energia solar local”.
Em virtude do prêmio, Isamu Akasaki, Hiroshi Amano e Shuji Nakamura dividirão uma bolada de 8 milhões de coroas suecas, valor equivalente a pouco mais de US$ 1 milhão.
Com informações: ExtremeTech