Coreia do Norte propõe ajudar os Estados Unidos nas investigações do ataque à Sony
A história dos vazamentos da Sony Pictures acaba de ficar mais estranha. Depois de ser acusada pelos Estados Unidos de estar por trás das invasões, a Coreia do Norte propôs uma investigação conjunta com o governo norte-americano com o objetivo de descobrir os responsáveis por um dos maiores ataques a uma empresa na história.
A relação entre Estados Unidos e Coreia do Norte é uma das mais complicadas que temos hoje: desde a Segunda Guerra Mundial, quando os norte-americanos dividiram a Coreia e o mundo era polarizado entre capitalismo e socialismo, o ódio entre os dois países só aumentou, com sanções econômicas e ameaças de bombas nucleares. Não existe embaixada dos Estados Unidos na Coreia do Norte.
A KCNA, agência estatal de notícias da Coreia do Norte, divulgou uma declaração do ministro de relações exteriores do país: “Como os Estados Unidos estão espalhando acusações infundadas e nos difamando, propomos uma investigação conjunta sobre esse incidente. Sem recorrer a torturas como as usadas pela CIA, temos meios de provar de que o ocorrido não tem nada a ver conosco”.
É uma resposta ao presidente Barack Obama, que afirmou na tarde de sexta-feira (19) que os Estados Unidos responderão “proporcionalmente” à Coreia do Norte sobre os ataques. Obama afirmou também que a Sony cometeu um erro ao cancelar a estreia de A Entrevista, prevista para o Natal. O lançamento do filme no Brasil, marcado para janeiro, foi suspenso “até segunda ordem”.
Neste sábado (20), a Coreia do Norte declarou que sua capacidade militar, incluindo a energia nuclear, vão dobrar em todos os sentidos para combater as políticas hostis de Washington. A Coreia do Norte descartou a ideia de desarmamento nuclear afirmando que os Estados Unidos planejam invadir o país por questões de direitos humanos.
Aguarde os próximos capítulos.
Com informações: CNN, Reuters, The Guardian.