Neste domingo (21), a Coreia do Norte divulgou um comunicado reafirmando que não possui envolvimento com os ataques sofridos pela Sony Pictures e exigindo que os Estados Unidos peçam desculpas por acusá-la. Além disso, o comunicado garante que o Exército Popular da Coreia está pronto para um enfrentamento com os EUA.
A carta surgiu em um momento de tensão na relação entre os dois países. Desde o dia 24 de novembro, a Sony está sofrendo ciberataques de autoria reivindicada pelo grupo “Guardiões da Paz”. A exigência dos hackers foi atendida e o lançamento de um filme que satiriza o ditador norte-coreano foi cancelado. Na sexta-feira (19), o FBI acusou oficialmente a Coreia do Norte, e o presidente Barack Obama disse que os EUA responderiam na mesma proporção ao cibervandalismo coreano.
“Nosso contra-ataque mais duro será corajosamente executado contra a Casa Branca, o Pentágono e todo o continente norte-americano”, afirmou o documento que também acusou o presidente Obama “imprudente por fazer boato”.
O regime de Kim Jong-un afirma que estima muito a ação hacker, mas desconhece a autoria. Em resposta às supostas provas descobertas pelo FBI, dizem que são inventadas, pois os indícios encontrados são comuns e não comprovam a origem dos ataques.
Por outro lado, Barack Obama disse que a Casa Branca está estudando o que fazer. Uma possibilidade é tentar incluir a Coreia do Norte na lista de países que promovem o terrorismo, fazendo com que o país sofra restrições à ajuda externa, dificuldades para exportações, entre outras sanções. A Coreia do Norte pertenceu à lista durante 20 anos, sendo removida em 2008.
Com informações: BBC.