Em julho desse ano, um bug combinado do Google Apps com o Hotmail permitiu que um hacker roubasse documentos confidenciais do Twitter, alguns dos quais se tornaram públicos. Na semana passada, a história se repetiu. Outro bug no mesmo sistema de gerenciamento de emails do Google permitiu que estudantes em diversas univesidades nos EUA acessassem contas dos seus colegas de turma.

De acordo com o New York Times, o gerente de produtos do Google Apps não quis revelar números exatos de quantas pessoas ou escolas foram afetadas, mas o diretor de tecnologia da universidade de Brown, Donald Tom, estima que no mínimo 10 institutos enfrentaram os mesmos problemas.

O bug surgiu quando o sistema de emails antigos começou a ser migrado para o Google Apps. Houve uma falha em alguma parte da migração que permitiu que 22 estudantes (dentre as 200 contas de emails migradas) tivessem acesso mensagens que não pertenciam a eles. Para resolver o problema, o Google suspendeu as contas afetadas enquanto procurava e resolvia a falha, mas a suspensão ocorreu somente três dias depois que o problema foi reportado à empresa pelos próprios estudantes.

Não se espera que todos os serviços de email do mundo sejam perfeitos, sem bugs ou falhas de segurança, mas considerando que o Google Apps saiu da versão beta há pouco mais de 2 meses junto com o Gmail, o mínimo que podia se assumir é de que ele seria suficientemente seguro. Aparentemente, esse ainda não é o caso. [Slashdot]

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Rafael Silva

Rafael Silva

Ex-autor

Rafael Silva estudou Tecnologia de Redes de Computadores e mora em São Paulo. Como redator, produziu textos sobre smartphones, games, notícias e tecnologia, além de participar dos primeiros podcasts do Tecnoblog. Foi redator no B9 e atualmente é analista de redes sociais no Greenpeace, onde desenvolve estratégias de engajamento, produz roteiros e apresenta o podcast “As Árvores Somos Nozes”.

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