Nokia vai terceirizar suporte do Symbian e cortar 4 mil empregos

Rafael Silva
• Atualizado há 8 meses

Durante a transição para o Windows Phone 7, a Nokia não vai simplesmente abandonar o Symbian. Afinal de contas, ainda existem dezenas de modelos de celulares e milhões de usuários deles que precisam de suporte. Por isso a fabricante finlandesa de aparelhos móveis divulgou hoje quais são os planos exatos para a plataforma. E junto com eles, também foram divulgadas algumas notícias ruins para seus funcionários que trabalham no setor de pesquisa e desenvolvimento.

Segundo o anúncio publicado no blog oficial, a Nokia vai terceirizar o suporte do Symbian para uma empresa chamada Accenture. Mas ao invés de treinar novos desenvolvedores para a plataforma, a Nokia vai usar os que já tem em casa. Cerca de 3 mil empregados de escritórios da empresa em diversas partes do mundo serão transferidos para a Accenture para continuar o suporte do Symbian durante os próximos anos e, quando isso não for mais necessário, remanejados para outras áreas.

Outra parte do que a empresa chamada de “transformação” inclui o fechamento de diversas áreas de pesquisa e desenvolvimento ao redor do mundo e, junto com elas, vão para o ralo também mais de 4 mil empregos. Um memorando interno que vazou para o site The Register diz que escolha de quais funcionários serão mantidos será feita de acordo com a proximidade de certos fornecedores e a maioria deles deve acontecer mesmo na Finlândia, Reino Unido e Dinamarca.

Com todas essas estratégias, a Nokia planeja conseguir uma economia de ao menos US$ 1,46 bilhão em gastos até 2013. Até lá eles precisam ao mesmo tempo criar algo que impressione com o Windows Phone 7 e continuar vendendo celulares com o sistema Symbian. Se eles vão conseguir realizar as duas com eficiência, só o tempo dirá. Eu tenho minhas dúvidas.

Imagem sob licença CC da usuária Andrea Pullicino no Flickr.

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Rafael Silva

Rafael Silva

Ex-autor

Rafael Silva estudou Tecnologia de Redes de Computadores e mora em São Paulo. Como redator, produziu textos sobre smartphones, games, notícias e tecnologia, além de participar dos primeiros podcasts do Tecnoblog. Foi redator no B9 e atualmente é analista de redes sociais no Greenpeace, onde desenvolve estratégias de engajamento, produz roteiros e apresenta o podcast “As Árvores Somos Nozes”.