Basta olhar a caixa de spam do seu e-mail. Se você tem uma conta faz algum tempo, com certeza terá várias mensagens de propagandas não solicitadas por ali, inclusive de produtos para, digamos assim, trazer de volta o vigor da sua vida sexual. O tão falado Viagra é possivelmente o produto mais anunciado via spam. E um estudo mostra que se precisa de muitas mensagens para conseguir vender esses produtos.

Um estudo sobre o qual o New York Times falou na semana passada, conduzido por cientistas da computação da Universidade da Califórnia, mostra que 12,5 milhões de mensagens do tipo spam resultam na venda de 100 dólares (equivalente a R$ 162) em Viagra. Ainda assim, o negócio parece valer à pena, ainda mais porque faz uso de atos ilícitos, como as redes de PCs zumbis.

Para contornar o problema o mesmo estudo sugere que três instituições financeiras, localizadas no Azerbaijão, Dinamarca e nas Índias Ocidentais (pois é!), encerrem os serviços utilizados pelos spammers. Das transações feitas com cartão de crédito a partir de oferta de spams, 95% são concretizadas nesses três países.

Cabe lembrar que o instrumental dos spammers é poderoso. Nós tomamos conhecimento ontem de que a Microsoft descobriu 400 mil endereços de e-mail salvos em apenas um disco rígido de uma máquina da Rustock, considerada a pior botnet do mundo.

Enquanto esses criminosos continuarem a disparar os e-mails, teremos gente sendo enganada com propaganda falsa. De acordo com esse estudo, uma forma simples de diminuir o número de vítimas do spam é simplesmente pedir que bancos de três países prestem mais atenção nas transações que validam. Não parece ser tão difícil assim.

Com informações: New York Times, Gizmodo.

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Thássius Veloso

Thássius Veloso

Editor

Thássius Veloso é jornalista especializado em tecnologia e editor do Tecnoblog. Desde 2008, participa das principais feiras de eletrônicos, TI e inovação. Também atua como comentarista da GloboNews, palestrante, mediador e apresentador de eventos. Tem passagem pela CBN e pelo TechTudo. Já apareceu no Jornal Nacional, da TV Globo, e publicou artigos na Galileu e no jornal O Globo. Ganhou o Prêmio Especialistas em duas ocasiões e foi indicado diversas vezes ao Prêmio Comunique-se.

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