Google quer cobrar 2,25% de royalties em cada iPhone e Windows Phone vendido

Rafael Silva
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• Atualizado há 1 semana

Com a compra da Motorola, o Google acabou levando também o seu extenso portfólio de patentes envolvendo dispositivos móveis. Por meio deles o Google pode ganhar alguns trocados em royalties das demais fabricantes e parece que esse é exatamente o plano com a Apple e fabricantes de celulares com Windows Phones. Mas o valor cobrado em cima das patentes não parece ser muito razoável.

Em uma carta enviada essa semana para órgãos como o FRAND, responsável por patentes da Europa, o Google disse que vai licenciar as patentes da Motorola cobrando 2,25% de royalties sobre o valor final do produto usando a patente. No caso do iPhone 4S de 64 GB, que é vendido por 849 euros, o valor que o Google receberia é de 19 euros por aparelho. Já o HTC 7 Pro, que é vendido por 475 euros, 10 euros de cada aparelho iriam para os cofres da gigante da web.

Esse tipo de acordo não soa muito justo, embora o Google esteja apenas mantendo o atual método de licenciamento da Motorola. A Apple já se manifestou publicamente sobre essa cobrança, afirmando que é abusiva. E esse pensamento deve ser repetido pelas fabricantes de Windows Phone.

Mas uma coisa bem notada pelo blog Pando Daily é o fato de que o Google disse no ano passado que empresas que cobram altos royalties de patentes relacionadas ao Android acabam deixando os aparelhos mais caros. Mas quando é o Google que tem a oportunidade de deixar iPhones e Windows Phone mais caros, não há muito problema ao que parece.

Don’t be evil, Google. And don’t be greedy either.

Com informações: FOSS Patents.

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Rafael Silva

Rafael Silva

Ex-autor

Rafael Silva estudou Tecnologia de Redes de Computadores e mora em São Paulo. Como redator, produziu textos sobre smartphones, games, notícias e tecnologia, além de participar dos primeiros podcasts do Tecnoblog. Foi redator no B9 e atualmente é analista de redes sociais no Greenpeace, onde desenvolve estratégias de engajamento, produz roteiros e apresenta o podcast “As Árvores Somos Nozes”.

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