Direto de Nova York, EUA – Acabei de colocar as mãos pela primeira vez no Lumia 1020, o smartphone da Nokia que foi anunciado hoje mais cedo. Ele é o primeiro Windows Phone com câmera PureView de 41 MP. Com isso, também vem com a responsabilidade de fazer fotos não apenas boas, mas excelentes para um smartphone. E ele cumpre o requisito.
A Nokia preparou um local em que há vários booths com situações específicas para testar a câmera do Lumia 1020: fotos com zoom, muita luz, pouca luz, utilizando o flash xenon… Pude passar por todas elas, mas foi impossível reproduzir como elas são na realidade, então preciso que vocês confiem no meu relato.
Talvez seja importante começar dizendo que sou uma negação para fotografia: não consigo fazer bons enquadramentos, as fotos saem sempre sem foco, enfim, não consigo mesmo. Quando vi a apresentação, já imaginei que a câmera do Lumia 1020 seria avançada demais para alguém leigo como eu. Mas, enquanto passei pelos booths, me surpreendi em como é fácil de mexer nela e em seus ajustes manuais.
Aliás, o automático é tão preciso que, pelo menos nessa primeira experiência, me pareceu até dispensável arrumar tudo na unha. Mas entendo que esses recursos são bem-vindos especialmente para os usuários avançados.
Como foi visto na apresentação, o zoom é de fato admirável, apesar de haver bastante ruído quando está no alcance máximo, de 25x. Em todo caso, parece bem útil para observar detalhes nas imagens.
Também é surpreendente o trabalho que ela faz em condições precárias de iluminação. Na demonstração, é pedido que todos (grupos pequenos, de umas 4 pessoas) na sala completamente escura façam fotos utilizando seus próprios smartphones de um rapaz dançando break. Depois, a pessoa fazendo a demonstração captura imagens com o Lumia 1020. No final, os resultados são comparados e aí é visível a diferença que o flash xenon faz: no Galaxy S4, a imagem ficou quase uma pintura abstrata com cores apagadas. No novo da Nokia, as cores ficaram extremamente vivas e o movimento do dançarino, congelado.
No mesmo booth também é feita a demonstração de lightpainting, que utiliza tempo de exposição prolongado enquanto outra pessoa mexe com uma fonte de luz. O resultado é perfeito.
No vídeo a seguir, brinco um pouco com o Lumia 1020 e sua câmera em mãos por alguns minutos. Desde já, peço que perdoe a dislexia!
Apesar de ser possível utilizar todas as funções dela sem a camera grip, é perceptível na mesma hora a diferença que ela faz no conjunto. Além de carregar a bateria, ela também deixa a pegada mais segura, o que diminui a tensão de, por exemplo, tirar uma foto tremida. Mas isso deve ser praticamente impossível de conseguir com o Lumia 1020 por conta do estabilizador de imagem: na apresentação de hoje mais cedo, uma das fotos demonstradas foi tirada em um barco no mar e mostrava outro barco navegando sem nenhuma trepidação.
É difícil falar do hardware sem utilizar o smartphone no dia a dia ou fazer os testes de rotina dos reviews aqui do TB, mas, no tempo que brinquei com o Lumia 1020, não tive nenhum problema. O sistema todo estava bem leve e fluido. O processador é um Snapdragon S4 com dois núcleos de 1,5 GHz. Ele conta com 2 GB de RAM, 32 GB de armazenamento e bateria de 2.000 mAh.
A primeira impressão do Lumia 1020 foi extremamente positiva. Em todo caso, não vejo a hora de fazer fotos do pôr-do-sol na sacada da redação do Tecnoblog com essa câmera incrível.
A editora viajou para Nova York a convite da Nokia.
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