Quem ainda quer ser um mestre Pokémon?
Com 25 anos, Pokémon marcou uma geração de fãs no Brasil desde a estreia do anime em 1999 na TV Record e os jogos Red e Blue
Com 25 anos, Pokémon marcou uma geração de fãs no Brasil desde a estreia do anime em 1999 na TV Record e os jogos Red e Blue
Para começo de conversa, eu sou um grande fã de Pokémon, mas aceito que tire minha carteirinha do clube se eu disser que não conhecia a história da franquia com profundidade. Foi por isso que, em comemoração ao aniversário de 25 anos do lançamento dos primeiros jogos, Red e Green, procurei resgatar essa jornada e entender como os monstros evoluíram aqui no Brasil. Ao final, diga-me se a captura dos fatos é suficiente para reaver minhas insígnias.
Pokémon Red e Green foram lançados no Japão em 27 de fevereiro de 1996. Porém, não foi logo que chegaram aos outros países. Nos Estados Unidos, as versões que desembarcaram por lá foram Red e Blue, com algumas melhorias em relação aos primeiros cartuchos do jogo. No Brasil, esse lançamento só ocorreu em 1999, sob o guarda-chuva da Gradiente Entertainment.
Não era exatamente a Nintendo que trazia os consoles e jogos para o Brasil. A história começa com uma joint venture entre a Gradiente e a Estrela para formar, em 1993, a Playtronic, com sede em Manaus.
O grupo era responsável por montar e vender os produtos Nintendo no país, estabelecendo uma concorrência com a TecToy, qual representava a Sega. No mesmo ano, o Super Nintendo foi anunciado para o mercado brasileiro.
Ainda que o primeiro Game Boy tenha sido lançado em 1989, foi só em abril de 1994 que o portátil chegou no Brasil, custando 120 dólares e com 20 jogos à disposição, dentre Tetris (que acompanhava o aparelho), F-1 Race, Metroid — O Retorno de Samus, Super Mario Land 2, Mega Man 2 e outros.
Em 1996, a Estrela vendeu sua parte da joint venture à Gradiente, a partir disso a Playtronic se tornou a Gradiente Entertainment.
Contudo, o Brasil ainda não conhecia Pokémon, nem com Playtronic ou com Gradiente Entertainment. Pablo Miyazawa, que trabalhou na equipe da Power Line da Gradiente (linha telefônica que oferecia dicas e guias para os jogos da Nintendo), disse ao Tecnoblog que nunca ouviu falar sobre Pokémon enquanto estava na empresa.
“Não existia Pokémon ainda, só no Japão. Não se falou de Pokémon em todo o período que eu trabalhei lá, até junho de 1998”, comentou. Ao sair da Gradiente, Miyazawa foi para a editora Conrad (antiga Acme) trabalhar no projeto da revista Nintendo World, prevista para ser lançada em setembro de 1998.
A Nintendo World foi a “revista oficial da Nintendo” no Brasil, licenciada pela marca e com acompanhamento da Nintendo of America, Gradiente Entertainment e apoio editorial da Nintendo Power, publicação dos Estados Unidos.
Pablo Miyazawa seguiu:
À medida que estávamos começando a produzir a primeira edição da Nintendo World, no período de agosto de 1998, meu chefe na época, editor da revista, André Forastieri, falou que queria que a gente colocasse pelo menos uma notícia sobre esse fenômeno de Pokémon, que estava rolando, que era uma febre, que tinha um desenho animado, baseado num videogame do Game Boy.
Essa tinha sido a primeira vez que ele ouvira falar em Pokémon. Na primeira edição da Nintendo World, publicada em setembro de 1998, a menção a Pokémon é colocada na seção Hot Shots, para breves notícias sobre jogos. O texto cita o lançamento de Pokémon Stadium para o Nintendo 64 e a possibilidade de levar os Pokémon do Game Boy ao console mais moderno, de 64 bits.
“A gente não falava de Pokémon porque era uma coisa que não estava no nosso radar, não tinha chegado aqui. Era realmente mais um RPG japonês que provavelmente não ia repercutir muito fora dos ambientes dos RPGs”, concluiu Miyazawa.
Mas, para esse ovo chocar, só era preciso um empurrãozinho da Record.
Essa foi a manchete usada pela Folha em 14 de fevereiro de 1999, para se referir a estreia do anime de Pokémon no Brasil, no mês seguinte, durante o programa Eliana & Alegria da Record.
Na linha fina, o jornal enfatiza que uma “animação que mandou 600 crianças japonesas para o hospital chega aqui em março”. A tranquilidade vem nos parágrafos seguintes da notícia, quando o repórter cita que a cena (entre Pikachu e Porygon), originalmente exibida em 16 de dezembro de 1997, fora cortada do anime.
No fim do mesmo texto, há a primeira menção aos jogos: “Quem quiser, também pode jogar Pokémon no Brasil. Aqui, o jogo é comercializado pela Gradiente. Pode ser encontrado em duas versões, azul e vermelha (R$ 59 cada)”.
As versões azul e vermelha são as mesmas que chegaram nos Estados Unidos, não houve tradução dos diálogos ou localização do game para o mercado brasileiro. Eric Araki foi um dos editores da revista Nintendo World e disse ao Tecnoblog que os cartuchos de Red e Green (de 1996) eram quase protótipos, enquanto a versão Red e Blue já eram um pouco melhoradas.
“Ainda assim, por conta de terem juntado todas as coisas da verde na azul, o jogo ainda tem vários bugs. Daí que nasceu o Missing Number [MissingNo.], que é o Pokémon que não tem número, é todo bugado e ele permite duplicar itens”
O Missing Number ou “MissingNo.” é um bug dos primeiros jogos que era acionado a partir de uma combinação de ações na região de Kanto. Aparecia como uma espécie de Pokémon (sem número) e permitia multiplicar um item da mochila.
“O anime estava fazendo muito sucesso. O jogo ainda não tinha chegado e aí quando chegou fez aquele sucesso. Foi uma das coisas que contribuíram para o sucesso dele até hoje.”, declarou Araki.
Uma febre. Foi como a Folha voltou a mencionar a franquia em setembro de 1999, seis meses depois da estreia no Brasil. Para anunciar a versão para Game Boy Color e a exibição do anime do canal Cartoon Network.
Em acordo, Pablo Miyazawa disse “chegou um momento que Pokémon virou febre, e quando vira febre você não consegue entender qual o principal sintoma e qual a principal causa (…) O Pikachu é realmente a grande invenção desse negócio, o motivo pelo qual o Pokémon se tornou tão importante”.
Pikachu é a forma da franquia, o ícone e as capas da revista. Apesar de nunca se transformar em Raichu, soube se desdobrar em três para compensar os três estágios evolutivos que enfrentava. Tanto mérito não cabia em só um aglomerado de páginas. Por isso, houve três.
Enquanto a Nintendo of America distribuía a Nintendo Power aos consumidores norte-americanos, no Brasil, a Nintendo World cumpria o papel de ser a principal fonte sobre Nintendo na virada dos anos 2000. Porém, uma só publicação não era suficiente para cobrir todos os lançamentos da marca e ainda alimentar uma legião de espectadores e jogadores de Pokémon.
Era inevitável, “começamos a ouvir falar cada vez mais de Pokémon” lembrou Miyazawa, até um momento que a franquia merecia destaque. “Isso culminou com a gente finalmente dando uma capa para Pokémon, na edição 11, ou seja, quase um ano depois, em julho de 1999, demos capa para Pokémon [na Nintendo World] com a primeira parte do detonado do game Pokémon Blue e Red”, relatou o jornalista.
“Quando finalmente chegaram as versões no Brasil, foi o Pablo [Miyazawa] que me pautou para fazer um detonado do jogo. Então, no final das contas, eu fiz todo o detonado da versão vermelha para a Nintendo World. Foram horas e horas jogando, capturando telas”, disse Eric Araki. Miyazawa citou que teve a ajuda de um guia original da Nintendo para dar luz ao detonado.
A capa tem Ash segurando Pikachu no braço, com a chamada para as aventuras na TV, no Game Boy e no Nintendo 64. Naquela época, faltava algum lugar para Pokémon estar? Só se fosse mesmo na casa das pessoas — o que leva ao sorteio de um console pela revista.
Abrimos essa promoção para distribuir 50 Game Boys com Pokémon. Foi um sucesso absurdo. A gente recebeu 70 mil cartas das pessoas querendo ganhar um Game Boy com Pokémon. Era um prêmio muito mítico mesmo, para todo mundo participar. A promoção durou acho que dois meses ou três e foi uma loucura.
Foi nessa edição também que a Nintendo World contextualizou a “febre” da franquia aos leitores, colocando-o como uma superação de clássicos como Dragon Ball e Sailor Moon. Além de Blue e Red, Pokémon Yellow, Snap, Pinball e Stadium já eram realidade. O Game Boy foi um laboratório para que Pokémon encontrasse seus treinadores.
Vinicius Chaos foi um desses treinadores. Comprava a Nintendo World sempre que saía. “Quando eu vi a matéria do sucesso do jogo recém-lançado no Japão eu já fiquei esperando sair a versão em inglês para jogar”, lembrou, em conversa com o Tecnoblog. “Lembro de ter gostado da dinâmica de ser um RPG clássico, estilo os primeiros Final Fantasy, mas de alguma forma ‘colecionável’, com a dinâmica de captura dos Pokémon. Me encantou de cara”, revelou.
Em pouco tempo, Pokémon exigia mais espaço, mais conteúdo. A Pokémon Club surgiu em agosto de 1999. No editorial da primeira edição, Marcelo Del Greco destacou a publicação como “a revista oficial de Pokémon no Brasil (…) feita na medida para jovens treinadores brasileiros”.
Na sequência das páginas o professor Carvalho aparece explicando o mundo Pokémon e toda a história de Ash e Pikachu. O rodapé listava os Pokémon na ordem da Pokédex, cada espécie com seu número. Estratégia que confirmou Eric Araki:
As duas coisas que mais chamavam atenção para um fã na revista de Pokémon eram: primeiro uma lista de todos os Pokémon, porque aqueles pôsteres que a gente colocava, com todos os Pokémon, as evoluções e os números eram as coisas que mais chamavam a atenção do público, sempre vendiam bastante; a outra eram os detonados. Eu acabei tendo o prazer de fazer as duas coisas, quando fiz isso para a Nintendo World, quanto os pôsteres dos vários Pokémon, quando fui editor da Pokémon Club.
E quem nunca quis ter um Pokémon de verdade? Miyazawa lembrou dos telefonemas na editora:
Depois que saiu a Pokémon Club 1, depois que a gente fala “Oi, eu sou o professor Carvalho, estou aqui para te ensinar quais os melhores Pokémon…”, muita criança levou aquilo a sério, ao pé da letra, dizendo “eu quero meu Pokémon”. E ligavam na redação para falar com a gente, para saber mais sobre Pokémon e como conseguir um Pokémon de verdade. Então, esse tipo de procura aconteceu bastante, foi um momento muito saudável. A gente deu muita entrevista para emissoras de televisão, que queriam entender o fenômeno Pokémon.
E a Pokémon Club seguiu sendo a casa de Pokémon por um bom tempo, até a 33ª edição. “Quando a Pokémon Club surgiu, ela virou como se fosse a detentora dos assuntos Pokémon na editora. Tudo ia para lá. Só que Pokémon Club era uma revista fã e voltada para um fã mais jovem. Então era uma coisa mais profunda”, afirmou Miyazawa. “No final de 1999, a editora Conrad era a maior especialista de Pokémon no Brasil. Ninguém sabia mais que a gente”, defendeu.
Existiam dois públicos: o do desenho animado e o dos games. Já era momento para outra evolução. A Pokémon Club se tornou Pokémon Club Evolution na 34ª edição. “A gente fez transição da Pokémon Club para a Pokémon Evolution que era exatamente quando os jogos começaram a ocupar mais espaço na revista”, disse Araki, continuando:
Engraçado que, no começo, a revista [Pokémon Club] focava no anime e nos quadrinhos e afins. Era uma publicação mais para crianças, a partir do momento que começamos a colocar mais do game, estratégias, como montar um time, como enfrentar outras pessoas e essas coisas, a revista começou a tomar outro rumo. As pessoas começaram a gostar mais desse conteúdo e aí fizemos essa transição. Ela tinha muito mais foco nos games, claro, ainda com as coisas dos quadrinhos e anime, mas tinha muito do foco nos jogos.
Ainda que tenha durado até a 87ª edição, a revista abraçou ainda mais a comunidade de Pokémon. Essa virada de chave culminou na organização de campeonatos, batalhas Pokémon, pelo país. Eric Araki relatou:
Por conta dessa transição, a gente conseguiu montar uma liga de Game Boy aqui no Brasil. Eram competições que a gente organizava em eventos de anime, em eventos de games e afins pelo Brasil. Muita gente chegava de outros estados para participar. A gente realizou uma dessas edições no Anime Friends, tivemos 200 participantes mais ou menos.
Os eventos — que reuniam jogadores de vários estados com seus Game Boys — ocorreram entre 2000 e 2001 e duravam cerca de cinco horas. Segundo Araki, edições desses campeonatos, intitulados “Desafio à Elite dos Quatro”, foram feitos em São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF) e Curitiba (PR), organizados pela revista.
Pikachu é lendário, mesmo sem ser considerado um pela franquia. Até hoje, não há dúvidas sobre o sucesso dos jogos. No Switch, Pokémon Sword e Shield e Let’s Go acumulam mais de 33 milhões de unidades vendidas. Mas, naquele começo, enquanto não havia tantos jogos e oportunidades como hoje, Pikachu foi o sustento dessa marca. Miyazawa ponderou:
Eu acho que, no fim das contas, o que fez Pokémon durar foi a fofura e a carisma de certos personagens, mas especialmente de Pikachu, se não houvesse um Pikachu, não teria o fenômeno Pokémon. Ia se limitar aos games, os games seriam algo que os jogadores iam gostar, ia ser aqueles games históricos mas que não iam ultrapassar essas barreiras enormes da cultura pop.
O que é legal de Pokémon é essa combinação de personagem fofo e carismático com essas brigas e o aspecto louco do colecionismo, que é essa coisa de você ter um monte de opções e personagens e ter que colecionar e juntar e ter visto e ter capturado todos.
O fato de manter a exibição do anime da TV aberta também influenciou essa perenidade. Quem não poderia comprar um Game Boy ou cartucho de Pokémon, ainda podia estar a par das aventuras na região de Kanto pelo anime. A relevância da franquia, como disse Araki, só caiu quando o desenho animado deixou a grade da TV aberta.
Mesmo fora do alcance do grande público, a febre já havia se tornado uma epidemia. Vieram os jogos Crystal, Silver, Ruby, Sapphire, Emerald (junto com atualizações ou novos consoles), os longas Pokémon O Filme e Pokémon O Filme 2000, álbuns de figurinha, colecionáveis do Guaraná, vestuário, pelúcias e tantos outros produtos.
Vinicius Chaos comentou:
De um lado, como toda cultura nerd da época (fim dos anos 90), tinha os preconceitos e o bullying, mas dentro do núcleo nerd era tudo bem divertido, trocar Pokémon e dicas com a galera, treinar e testar estratégias de batalha. Nesse ponto eu posso dizer que tive sorte por ter um grupo de amigos que também gostava muito dos jogos da franquia. Eu posso dizer que eu realmente consumi todos os produtos de Pokémon da época: desenhos, jogos, card game. Foi realmente uma febre que me pegou e dentro do meu círculo de amigos eu era um dos mais viciados sem dúvidas.
A troca percorre(u) gerações e o vínculo com a franquia, mesmo que só de longe, ainda permanece. Enquanto, no passado, Pikachu representava o ineditismo, hoje representa a nostalgia. “Aquela época foi uma época boa que uniu trocentas tribos diferentes. Cada um foi para um lado, cada um para um lugar, mas volta e meia a gente se reúne por causa do jogo. A gente mais se reúne por causa do jogo que por outros motivos”, relatou Eric Araki.
E tem jeito para novos adeptos, novos fãs? Enquanto no começo, na virada para o ano 2000, a competição era menor, sem internet em cada dispositivo da casa, hoje, Pikachu disputa atenção com tantos outros mascotes e plataformas. Pablo Miyazawa refletiu:
Conseguem fazer novos fãs? conseguem. O apelo é diferente? É, porque antes tinha o ineditismo de um Pikachu aparecer. E agora, é outra coisa. Fã de Pokémon novo vai se encantar por exatamente o quê? (…) É meio difícil de explicar hoje, é uma franquia de 25 anos. Então o fato de continuar, de perseverar é uma combinação de fatores muito tensa e variada.
Cadê Pokémon? No Brasil, a animação pode ser encontrada no Prime Video, a Nintendo ainda vende os jogos (mesmo que não traduzidos), Pikachu ainda é estampado em marcas de vestuário (sutilmente), as Estampas Ilustradas são encontradas em lojas de cultura pop. O público novo não descobre Pokémon como antes. Talvez até não haja interesse para entender a complexidade em que os jovens de 2000 cresceram habituados.
Por outro lado, no Japão, Pokémon faz parte da cultura. Segundo Araki, lá a franquia atinge qualquer público: “tinha tiozão, tinha gente de terno e gravata, gente com pasta, tinha mãe carregando os filhos, mãe com as crianças na bicicleta e cada criança com o celular também. Todo mundo correndo e a gente sem entender o que estava acontecendo. Aí a gente ouviu um senhor falando ‘Lapras’. Naquela época era raríssimo ter um Lapras” — sobre Pokémon GO.
Ainda tem as lojas Pokémon Center, espalhadas pelas regiões do Japão. “Os Pokémon Center têm uma série de pelúcias e brinquedos. Você encontra de tudo, para todas as idades. Então, você consegue encontrar desde roupinha para neném, para você que está tendo filhos, pelúcias e brinquedos para a criançada ou então gravatas de Pokémon, se quer usar uma gravata discreta, mas ainda de Pokémon”, explicou Araki.
Fora isso, “lá também tem os restaurantes específicos de Pokémon, uma série dessas coisas legais, tem os pratos, os showzinhos das pessoas vestidas de Pokémon. Eles fazem aquelas paradas, passeatas e por aí vai. Tem muita coisa legal, mas lá”, concluiu.
Aos 25 anos, Pokémon comemora sendo uma das franquias mais valiosas do mundo. Mesmo que o crescimento tenha desacelerado, mantém o carinho dos (talvez ainda) fãs. “Hoje só acompanho a franquia de longe, mas com respeito a nostalgia que era ouvir aqueles barulhinhos no Game Boy, só de pensar já vem a música de abertura do jogo na cabeça”, falou Chaos.
Ao concluir que, no Brasil, Pokémon se resume a nostalgia, permita-me entregar essa lembrança:
E aí, depois de 25 anos, qual a sua disposição para se tornar um mestre Pokémon?