A Pixar cumpriu uma promessa feita há quase um ano: nesta terça-feira (24), a companhia tornou o RenderMan gratuito para uso não comercial. Para quem desconhece, estamos falando do software que foi usado na criação de animações como Toy Story, Wall-E e Procurando Nemo.

O RenderMan é tão importante para a indústria cinematográfica que chegou a ser premiado com um Oscar especial por conta das contribuições que trouxe para o segmento de animações gráficas. O tempo de mercado também denuncia o seu prestígio: a primeira versão do RenderMan surgiu há quase 27 anos.

Além de filmes de animação gráfica, o RenderMan também já foi (e é) usado na criação de cenários e outros elementos de grandes produções, entre elas, Titanic, os episódios mais recentes de Star Wars e a trilogia Senhor dos Anéis.

Não é que a Pixar tenha participado diretamente da produção de todos esses filmes. Há anos, qualquer outro estúdio ou profissional da área pode utilizar o RenderMan mediante o pagamento de licença.

renderman

Por que então a Pixar apareceu agora com a modalidade gratuita? Para tornar o RenderMan ainda mais conhecido entre os profissionais da área. A própria companhia argumenta que “as limitações no acesso ao software são um freio no desenvolvimento da indústria [cinematográfica]”.

Todo mundo pode usar o RenderMan para qualquer finalidade não comercial, como já informado. A versão gratuita é completamente funcional, ou seja, não conta com recursos desativados ou exibição de marcas d’água obrigatórias, por exemplo.

Aqueles que precisarem explorar comercialmente algum trabalho feito no RenderMan não irão judiar muito do bolso: a licença do software custa US$ 495 com uma taxa anual de renovação que sai por US$ 200. São valores razoáveis para um produto da categoria.

A versão gratuita do RenderMan pode ser obtida nesta página. É necessário fazer um cadastro para receber a licença. Há versões para Windows, OS X e Linux (todas em 64 bits).

Mas há uma ressalva importante aqui: o RenderMan, por si só, é um motor de renderização. Para usá-lo, é necessário integrá-lo a um software de modelagem e animação 3D. Maya e Katana são, atualmente, as únicas opções compatíveis oficialmente.

Também é possível utilizá-lo com o Blender (software de modelagem de código-fonte aberto), por exemplo, embora uma ou outra configuração específica possa ser necessária.

Com informações: Ars Technica

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Emerson Alecrim

Emerson Alecrim

Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Em 2023, foi reconhecido no Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.

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