A Adidas vem experimentando criar calçados através de impressão 3D, e quer apostar mais forte nessa tecnologia: ela vai produzir em massa um tênis com sola impressa em 3D, que poderá ser personalizada de acordo com o peso e forma de andar do cliente.

O tênis se chama Futurecraft 4D, e será produzido em parceria com a Carbon, startup de impressão 3D. O método consiste em usar luz ultravioleta para solidificar uma resina de polímero líquido.

Segundo a Carbon, cada sola requer uma hora e meia para ser impressa. Isso é até dez vezes mais rápido que o método geralmente usado em impressoras 3D convencionais, e permite que a Adidas crie calçados personalizados para cada pessoa.

O TechCrunch cita o seguinte exemplo: pessoas que praticam corrida precisam que a área dos dedos seja mais firme no tênis, enquanto a área do calcanhar deve ser mais suave. Em calçados comuns, a fabricante precisa colar pedaços de espuma com densidades diferentes. Com o processo de impressão 3D da Carbon, basta mudar a geometria da entressola para tornar diferentes áreas mais firmes ou mais macias.

Depois que a entressola é impressa, ela é anexada ao restante do tênis, que é feito de tecido usando métodos tradicionais. Eric Liedtke, da Adidas, diz em entrevista à revista Footwear News que os tênis Futurecraft 4D serão “tão duráveis ​​quanto os outros que fazemos, se não mais”.

No ano passado, a Adidas fez uma edição limitada de tênis impressos em 3D, chamados Futurecraft 3D, mais um conceito que um produto finalizado; eles custavam US$ 333.

A Adidas não revela o preço do novo Futurecraft 4D, mas planeja colocar à venda 5 mil pares ainda este ano, e mais 100 mil pares até o final de 2018. A empresa vende 350 milhões de pares de calçados por ano.

Com informações: TechCrunch, SlashGear, Ars Technica.

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Felipe Ventura

Felipe Ventura

Ex-editor

Felipe Ventura fez graduação em Economia pela FEA-USP, e trabalha com jornalismo desde 2009. No Tecnoblog, atuou entre 2017 e 2023 como editor de notícias, ajudando a cobrir os principais fatos de tecnologia. Sua paixão pela comunicação começou em um estágio na editora Axel Springer na Alemanha. Foi repórter e editor-assistente no Gizmodo Brasil.

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